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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Vida de quem convive com o fumo é mais alarmante na pandemia

| 19/09/2021, 08:43 08:43 h | Atualizado em 19/09/2021, 08:44

Não é de hoje que ouvimos dizer a respeito dos malefícios do cigarro. Esse produto está relacionado a várias doenças, inclusive muitos tipos de câncer. Com a pandemia da covid-19, a situação se tornou mais alarmante, pois existem riscos ainda maiores de infecção pelo SARS-CoV-2 em fumantes, posto que fumar exige manipular as embalagens e os cigarros, levá-los à boca, tirando a máscara, muitas vezes, em lugares públicos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. E mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto deste produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não fumantes expostos ao fumo passivo.

De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), todos os produtos derivados do tabaco, incluindo os dispositivos eletrônicos para fumar, são nocivos à saúde. A fumaça do tabaco contém mais de 7 mil compostos químicos. Estudos indicam que, no mínimo, 69 dessas substâncias provocam câncer.

Somente na região de cabeça e pescoço, o cigarro é fator de risco para os tumores nas regiões da cavidade oral, esôfago e laringe. Por isso, ficar atento a alguns dos sintomas manifestados por esses tipos de câncer como manchas brancas na boca, dor, nódulo no pescoço presente por mais de duas semanas, mudanças na voz ou rouquidão persistente e dificuldade para engolir, é essencial.

As doenças podem ser evitadas com medidas simples como não fumar e nem consumir bebidas alcoólicas em excesso. Também é importante que as pessoas tenham o hábito de examinar a sua boca diante do espelho e observar se existem caroços, aftas e outros ferimentos. Além disso, visitar o dentista periodicamente e cuidar da higiene bucal.

É importante reforçar que o tabagismo é uma doença crônica e epidêmica, sendo a maior causa isolada evitável de doenças e mortes precoces no mundo todo, e não somente um mau hábito. Desse modo, é primordial que o indivíduo busque auxílio médico para fazer a travessia rumo a uma vida mais saudável.

Há diversos profissionais dispostos a apoiar quem deseja parar de fumar: além do próprio cirurgião, existem psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e diversas entidades determinadas a auxiliar nessa jornada.

A comunidade médica é quase unânime em afirmar que nunca é tarde para tomar consciência dos hábitos prejudiciais à saúde e optar por uma vida mais saudável. Aqueles que deixam de fumar e abusar do álcool diminuem a chance de desenvolver o câncer de cabeça e pescoço, entre outras doenças. Após 10 anos sem consumir tabaco nem álcool, cessam os efeitos maléficos cumulativos.

Tratar o tabagismo não significa apenas tratar a dependência da substância, mas também mudar hábitos, reescrever rotinas e colocar a qualidade de vida como prioridade. É um processo que requer motivação e dedicação.

MARCO HOMERO DE SÁ é médico cirurgião de cabeça e pescoço

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