O setor público e o “ESG”
Leia a coluna de segunda-feira (23)
ESG é uma sigla em inglês para “Environmental, Social and Governance” (Ambiental, Social e Governança, traduzindo em português). Geralmente, ela é usada para se referir às práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa.
Para atingir as metas da “ESG” é necessário à adoção de diversas ações, sendo as principais a erradicação da fome e da pobreza, o cuidar da saúde e o bem-estar da população, ofertar educação de qualidade, oferecer água potável e saneamento às pessoas, promover igualdade de gênero, ofertar energia limpa e acessível e que o trabalho seja decente, promovendo o crescimento econômico.
Ressalte-se que, para implantação da “ESG” no setor público, torna-se imprescindível a adoção de medidas compliance, de integridade e transparência. Sendo que a maioria dos entes públicos, no Brasil, já fazem o dever de casa com as normas de procedimento e a transparência dos atos e fatos que ocorrem na gestão.
Assim sendo, evidencia-se a carência de várias ações para que o setor público obtenha um certificado de “ESG”. Recomenda-se, como primeira atividade, a promoção de energia limpa e acessível, como, por exemplo, dotar os imóveis pertencentes ao patrimônio público e as futuras obras a serem realizadas com projetos de energia sustentável e limpa, bem como estará contribuindo com a escassez do fornecimento da energia elétrica, pois a cada dia necessitamos de mais, visto o crescimento populacional.
Constata-se a necessidade de modernização, de forma sustentável, do setor público, visto ainda a presença de galões de água, excessivo gasto com papel, sistemas utilizados em uma unidade gestora e não disponibilizado para outras, carência de sincronismo entre as secretarias municipais, oferta de consultas básicas on-line, credenciamento para consultas e exames especializados, implantar, gradativamente, a inteligência artificial nos serviços ofertados à população.
Por mais incrível que pareça, ainda é comum encontrar gestor de gabinete. Conceituando, é aquele que entra na sala e não toma conhecimento do que está acontecendo ao redor dele, pensa apenas no suposto poder que ocupa, provisoriamente, visto que está secretário, subsecretário, diretor ou outro cargo de destaque na gestão.
Muitos nem sabem a responsabilidade que é fazer gestão pública com foco na população, a importância e quem são os servidores que executam, com dedicação, as funções as quais estão investidos, bem como passam longe da promoção de um equilíbrio fiscal e de impulsionar a máquina pública através de um desenvolvimento sustentável, ou seja, o chamado “ESG”.
Constata-se que está na hora dos prefeitos dizerem aos secretários e aos escalões da gestão que é preciso promover o “ESG”, focar a qualidade dos serviços ofertados à população e ter como objetivo principal o artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, destacando-se a eficiência e a eficácia do setor público, visto que “pensar dói”.