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Tribuna Livre

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Leitores do Jornal A Tribuna

Heranças negras e as tradições do carnaval

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (02)

Manoel Goes | 02/02/2024, 10:41 10:41 h | Atualizado em 02/02/2024, 10:41

Imagem ilustrativa da imagem Heranças negras e as tradições do carnaval
Manoel Goes é escritor e produtor cultural |  Foto: Divulgação

Sinônimo hoje de Brasil, o carnaval é uma festa que vem evoluindo há séculos. Suas origens remontam ao antigo Império Romano e a práticas cristãs, cujos devotos festejavam nos dias que antecediam a Quaresma, período em que os cristãos se abstêm de carne e outros prazeres considerados mundanos.

Em território brasileiro, o carnaval passou por diversas fases antes de chegar no formato atual da festa, passando de algazarras e bailes de máscaras a desfiles disfarçados de procissões religiosas. Parte da tradição chegou com os colonos portugueses, que praticavam os entrudos (festas de entrada da Quaresma), em que as pessoas jogavam água, farinha, lama e até lixo umas nas outras.

Defendem vários historiadores que, os ritmos carnavalescos, os instrumentos usados e as referências às culturas e religiões de origem africana, como o candomblé e a umbanda, são alguns pontos que podem ser colocados como “tradição”, do carnaval brasileiro.

São elementos que aparecem sempre ligados à festa de alguma forma, não importando a região do país. Antigos costumes dos africanos como o de desfilarem em volta das aldeias para em ritual afastarem os maus espíritos e purificar o ar de negatividades. Entretanto, a festa recebeu influências de outros países da Europa e grandes contribuições da cultura negra, que transformaram o DNA do carnaval em algo claramente brasileiro.

No início dos desfiles de carnaval eram grandes grupos de pessoas, na maioria negras ou de outras camadas populares de baixa renda, que seguiam em bloco usando máscaras e fantasias, tocando instrumentos comuns aos batuques, jogando capoeira e outras atividades culturais de origem africana. O que apontamos como tradições do carnaval são elementos que de alguma forma conseguiram construir uma sensação de continuidade, mesmo que novos costumes fossem introduzidos como temos hoje.

Na abertura dos desfiles das escolas de samba capixabas teremos uma novidade: a lavagem da passarela do Sambão do Povo por membros de religião de matrizes africanas, no dia 2 de fevereiro, que antecede ao Dia de Iemanjá (3 de fevereiro). A Rainha dos Mares, orixá africano feminino é sempre reverenciada pelos fiéis do Candomblé, é considerada generosa e protetora dos pescadores, jangadeiros e marinheiros.

Ela é sincretizada no catolicismo como Nossa Senhora dos Navegantes, da Conceição e Piedade. O Carnaval está no cerne da identidade brasileira, onde a festa das escolas de samba é o principal marco identitário do nosso País.

Uma mostra da força da ancestralidade negra nos enredos das escolas de samba, e que teremos nos desfiles deste ano das sete escolas do grupo especial, três abordando a temática negra, tendo na Unidos da Piedade o seu apogeu.

Do centro histórico de Vitória, a escola levará o enredo Quilombo Piedade, mergulhando na própria história, exaltando seu lugar, suas histórias, seus personagens e suas memórias, valorizando as tradições do nosso povo preto.

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