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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Doença renal crônica na infância e os desafios do tratamento

Coluna foi publicada nesta segunda-feira (25)

Raniely B. Schmidt | 25/03/2024, 12:14 12:14 h | Atualizado em 25/03/2024, 12:14

Imagem ilustrativa da imagem Doença renal crônica na infância e os desafios do tratamento
Raniely B. Schmidt é médica nefropediatra |  Foto: Divulgação

Dados do Ministério da Saúde revelam que mais de 10 milhões de brasileiros enfrentam a Doença Renal Crônica (DRC), um desafio que afeta não apenas adultos, mas também crianças. Tendo em vista que o diagnóstico tardio é uma das principais causas de agravamento dos casos, neste mês, quando celebramos o Dia Mundial do Rim, diversas campanhas informativas são realizadas para conscientizar sobre a prevenção e os sinais da doença.

A DRC é consequência da perda progressiva e irreversível das funções renais. Embora haja escassez de dados específicos sobre a incidência nas crianças, há tendência global de aumento nos casos.

As principais causas da insuficiência renal crônica na infância incluem malformações congênitas do trato urinário, infecções urinárias recorrentes, patologias renais hereditárias (como a doença dos rins policísticos), nefrites (inflamação renal), cistos renais e fatores genéticos.

Quando essa condição se manifesta nos pequenos, pode variar desde sintomas discretos até comprometimento grave da função renal, impactando a qualidade de vida dos doentes e a de seus cuidadores.

Os efeitos dessa doença na infância impactam em diversas esferas, incluindo aspectos físicos, emocionais, sociais e educacionais. Temos que lembrar, por exemplo, que o problema renal crônico pode interferir no processo de desenvolvimento, desencadeando baixa estatura, dificuldade de ganho de peso, anemia, distúrbios ósseos e minerais, e pressão alta.

Outras questões fundamentais durante essa etapa da vida também são atravessadas neste percurso, como desempenho escolar, interação com os amigos e construção da autoestima. Por isso, o apoio psicológico é imprescindível.

Em estágios avançados, o tratamento pode exigir diálise ou transplante renal. Entretanto, a escassez de clínicas para hemodiálise pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um desafio nacional. Muitas vezes, crianças ficam internadas à espera de tratamento, o que afeta a qualidade de vida delas e dos familiares que o acompanham, podendo criar uma verdadeira “peregrinação”.

A conscientização sobre a doação de órgãos é outro ponto fundamental. O transplante renal é uma opção vital para crianças com a doença em estágio avançado. Porém, a disponibilidade de órgãos compatíveis é limitada. Por isso, quanto mais doadores existirem, mais vidas poderão ser salvas.

A diálise, por sua vez, é uma intervenção crucial para manter a saúde dessas crianças enquanto aguardam transplante ou quando este não é possível. Contudo, a falta de acesso a serviços de diálise, especialmente no sistema público de saúde, representa um obstáculo para muitas famílias.

Embora não haja cura para a doença real crônica, o tratamento pode retardar ou interromper sua progressão. Portanto, um diagnóstico precoce é urgente para aumentar as chances de sucesso nos tratamentos, proporcionando melhor qualidade de vida às crianças afetadas.

Cabe à sociedade e ao poder público ajudar as crianças e os seus familiares a passar por essa jornada de uma forma mais leve, segura e esperançosa.

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