Dez passos para a boa gestão das cidades
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Aos prefeitos eleitos, velhos problemas e novos desafios! Saúde, educação, mobilidade, déficit habitacional, etc., são insistentes problemas estruturais. Somam-se novos desafios: adaptação às mudanças climáticas, transição tributária, comunicação eficaz, entre outros. Engana-se quem acredita em receitas, mas não custa observar as práticas exitosas. Delas podemos apontar 10 passos para a boa gestão das cidades:
1. Pacto pela cidade – campanhas dividem opiniões e pessoas. Ao novo governo, cabe mobilizar os segmentos sociais para discussão de soluções. Afinal, políticos são líderes, não donos da verdade.
2. Projeto comum de futuro – voo curto é para as galinhas. A cidade deve pensar a longo prazo. Agentes públicos, privados e sociedade devem definir suas prioridades, executar projetos, monitorar e avaliar em parceria.
3. Time de primeira linha – gestão não é para amadores. Líderes devem motivar o time e lembrar que mesmo simples o trabalho do outro colabora para a transformação desejada.
4. Governança eficaz – para quem não sabe aonde ir, todo vento é contra. As entregas devem resultar do planejamento com ferramentas contemporâneas de gestão, além da cultura do trabalho em rede.
5. Gestão democrática – fim do manda quem pode obedece quem tem juízo. Decisões devem ser dialogadas, com canais de comunicação eficazes, transparência e paz nas relações institucionais.
6. Ética nas relações – quando o bem se cala, o mal prospera. Pautar-se pela ética e coerência nas tomadas de decisões, transparência e eficiência no uso dos recursos públicos. Colaboradores com a ficha limpa, fácil acesso às informações e desvios apurados.
7. Responsabilidade fiscal – antes do extraordinário, o óbvio. Reduzir despesas com custeio, ampliar receitas próprias e atrair novos negócios. Aos que desfrutam de royalties, destiná-los aos investimentos estratégicos.
8. Desenvolvimento local – com os pés no município e a cabeça no mundo. Promover a cultura empreendedora, valorizar as potencialidades do lugar, impulsionar a inserção dos negócios locais nos mercados regional, nacional e externo.
9. Justiça social – a pobreza não pode virar paisagem. Priorizar os pobres com políticas sérias, metas objetivas e alcançáveis para extinguir a extrema pobreza, combater a fome, erradicar o analfabetismo e reduzir a mortalidade infantil.
10. Continuidade ao projeto comum de futuro – projeto comum, patrimônio da cidade! Governo e sociedade civil devem pactuar projetos prioritários e criar mecanismos para sua continuidade.
Esses são os passos iniciais. O objetivo é construir uma grande lealdade na diversidade que constitui a cidade. Enfrentar os velhos problemas e os novos desafios unindo os sacrifícios dos que já fizeram com a força daqueles dispostos a fazer ainda mais. A cidade agradecerá...