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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Campanha da fraternidade 2025

Confira a coluna desta segunda-feira (24)

Padre Ernesto Ascione | 24/03/2025, 14:54 h | Atualizado em 24/03/2025, 14:54

Imagem ilustrativa da imagem Campanha da fraternidade 2025
Padre Ernesto Ascione é missionário comboniano

Sob o impulso do Concílio Vaticano II, os bispos do Brasil instituíram, no tempo da Quaresma, a Campanha da Fraternidade: o discípulo de Cristo é chamado a viver os valores do Evangelho, à luz dos “sinais dos tempos”. Desde 1964, neste tempo quaresmal, são abordados temas de caráter eminentemente sociais.

Esta preocupação da Igreja, em estender a sua ação evangelizadora, neste campo, baseia-se na Encarnação do Filho de Deus, que assumiu em tudo a nossa condição humana: assistimos, esterrefatos, nos nossos dias, ao desprezo da pessoa humana e da criação de Deus.

Tema da Campanha da Fraternidade (CF) deste ano: “Fraternidade e Ecologia Integral”; lema: “Deus viu que tudo era muito bom”. Convite para refletir em prol da ecologia e energia limpa, – temas tratados por Papa Francisco, na Encíclica “Laudato Si”, em 2015.

O Papa mostra a urgência de agir a fim de cuidar da Casa Comum, promovendo uma “Ecologia Integral”, que conecte fé com nossa responsabilidade socioambiental.

A ecologia é um tema muito caro ao Papa, que, no seu projeto de um “Humanismo Integral e Solidário”, afirma: “Ao homem foi dada a missão de ser guardião e responsável da Casa Comum”.

A CF deste ano recorda os 10 anos da promulgação da Encíclica “Laudato Si”; os 800 anos do “Cântico das Criaturas” de São Francisco de Assis; a COP-30 (Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, que acontecerá em Belém, entre 10 e 21 de novembro).

Em abordagem, as realidades sociais e ecológicas, que afligem a nossa humanidade; a nossa responsabilidade em cuidar da Casa Comum, realizando ações, que integrem espiritualidade, justiça social e cuidado do meio ambiente, para que a harmonia entre o homem e a natureza resulte na maior glória de Deus.

Estamos no decênio decisivo para o planeta: ou mudamos, ouvindo os gritos da criação que geme, ou vamos todos ao encontro de um colapso planetário.

O prenúncio já foi dado: grandes catástrofes assolaram o nosso País e o mundo inteiro. E não existe planeta de reserva! Só temos este. Embora ele possa viver sem nós, nós não podemos viver sem ele! Ainda há tempo e o tempo é agora!

O cartaz da CF destaca São Francisco de Assis, em êxtase: imagem do homem novo – que viveu uma experiência mística de profunda intimidade com o Cristo Crucificado-Ressuscitado –, reconciliado consigo mesmo, com os outros e com toda a criação.

A Cruz, no centro do cartaz, recorda as palavras do Cristo, em São Damião: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja!”. No cartaz, estão presentes, também, as áreas urbanas, onde, aglomerações de povo, distantes da natureza – de sua fauna e de sua flora – vivem em ambientes poluídos, prejudiciais à saúde.

Todos somos interpelados a transformar o mundo em que vivemos, tornando-o mais humano e ecologicamente sustentável.

“O homem é chamado a continuar a obra da criação, tornando-a mais bela e perfeita. O Paraiso terrestre”, finaliza Papa Francisco na “Laudato Si” – está no final da história da salvação, em que Deus será tudo em todos, não no princípio”.

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