Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A urgência da salvaguarda dos bens culturais

Confira a coluna desta sexta-feira (14)

Luciene Pessotti | 14/02/2025, 14:46 h | Atualizado em 14/02/2025, 14:45

Imagem ilustrativa da imagem A urgência da salvaguarda dos bens culturais
Luciene Passotti é arquiteta e urbanista, professora da Ufes e vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil/ES

A igreja e convento de São Francisco está localizada no Centro Histórico de Salvador, Bahia, classificado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Brasil (Iphan). As obras da igreja e convento de São Francisco iniciaram-se no século XVII e foram concluídas ao longo do século XVIII. A fachada austera tem influência da arquitetura maneirista, e contrasta com seu interior luxuoso, com expressão dominante do barroco.

A relevância da igreja e convento de São Francisco pode ser mensurada por sua identificação como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. O interior da igreja e convento de São Francisco destacava-se, segundo o arquiteto e professor do PPGAU/UFBA, Rodrigo Baeta, pela sua unidade e integração entre arquitetura, talha dourada, pintura, imaginária, azulejaria, carpintaria, balaustrada, luz e cor. Esses elementos conferiam ao interior da igreja o status de obra de arte. A unidade e integração entre os elementos descritos foi perdida. A obra de arte está comprometida.

No teto da nave haviam as ricas pinturas com o tema do ciclo mariano, realizadas entre 1733 e 1737. O desabamento do teto da nave deixou feridos e casou a morte de uma turista. Esse desastre pode ser a consequência dos parcos recursos destinados à preservação dos bens culturais do Brasil, ao insuficiente número de técnicos servidores públicos para atuar na proteção e conservação do imenso e plural acervo nacional.

O Icomos Brasil alertou, após o desastre, sobre a necessidade urgente de se elaborar um Plano de Gestão e Monitoramento de todos os bens culturais mundiais em solo brasileiro. No Espírito Santo, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/ES) tem se manifestado sobre diferentes ocorrências que ameaçam a preservação dos bens culturais. Destacam-se os galpões do Instituto Brasileiro do Café (IBC), localizados em Jardim da Penha, Vitória; o Forte de São Francisco Xavier da Barra e o Sítio Histórico em Vila Velha; e a praça do entorno da Igreja de São Sebastião, em Itaúnas.

Uma das ações para a valorização do patrimônio cultural do Espírito Santo realizada pelo IAB/ES é o Reimagina, um concurso de ideias com a participação de jovens arquitetos, objetivando reabilitar espaços históricos. O Reimagina teve sua primeira edição no Teatro Carmélia, em 2023, em Vitória, e a segunda na Prainha, em 2024, em Vila Velha. A terceira edição está prevista para este ano na Praça Costa Pereira, em Vitória.

O Reimagina vem se consolidando como uma ação de conscientização, educação patrimonial e valorização do acervo cultural capixaba. Dada sua importância hoje, o Reimagina é marca registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), de propriedade do IAB/ES. Com essas e outras ações, o IAB/ES reafirma seu compromisso com a preservação do patrimônio cultural.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

SUGERIMOS PARA VOCÊ: