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Papo de Família

Papo de Família, por Cláudio Miranda

Colunista

Cláudio Miranda, terapeuta de Família e Psicopedagogo Clínico

Atenção às crianças agressivas

| 15/05/2021, 08:47 h | Atualizado em 15/05/2021, 08:54

Uma criança que faz uso frequente da agressividade na relação com os colegas está indicando um desequilíbrio nela mesmo e no seu ambiente de convívio.

A agressividade é uma das formas de mostrar descontentamento. Bater, morder e xingar são formas não saudáveis de se relacionar socialmente.

Uma agressão desencadeia várias situações de estresse para as crianças envolvidas, famílias e escola. A criança agressora é vista como problemática e muitas vezes é isolada do grupo. Porém, a família e a escola devem buscar soluções que não sejam somente por meio de punições.

A agressividade faz parte do funcionamento pico afetivo de todo indivíduo. Na maioria das vezes ela funciona como um mecanismo de defesa e é um dos recursos que uma pessoa utiliza para demarcar seu espaço, para impor limites e fazer suas conquistas.

Ela está associada a outros comportamentos e atitudes mais aceitos e positivos na vida social como: coragem, bravura, ousadia, destemor, tenacidade e audácia. Nesses casos a agressividade é canalizada para construir algo bom e positivo.

Uma criança que faz ataques frequentes às pessoas com quem convive demonstra que ela não está bem e está em sofrimento. Ela pode não estar sabendo comunicar uma tristeza e um descontentamento, então ela ataca àqueles com quem convive. Se há insatisfação, algo não está bem e gera um desequilíbrio que precisa ser descoberto para ser tratado.

Quando surge algum aluno com algum problema de agressividade, precisamos perguntar:

1 - Esse aluno é agressivo ou está agressivo?

2 - Essa agressividade comunica o quê?

3- Ela está direcionada a quem?

4 - O que na família pode estar causando esse comportamento na criança ou adolescente?

5 - O que na escola pode estar causando esse comportamento na criança ou adolescente?

6 - O que pode ser feito para que essa criança se equilibre?

Essas são algumas perguntas que podem trazer entendimento ao comportamento da criança e descobrir formas de ajudá-la.

O ambiente familiar pode ser um local de tensão e desequilíbrio quando as famílias não se comunicam bem, gerando um ambiente causador de estresse infantil. Há pais e mães que agridem física ou verbalmente os filhos. Há também escolas que são desencadeadoras de tensão para seus alunos quando exageram na quantidade de conteúdo, provas e na forma que ensinam. O excesso de regras, disciplinas ou a ausência delas podem favorecer atritos dentro de casa ou na escola.

Educadores e pais precisam evitar rotular a criança de agressiva, briguenta e problemática.

Deve-se descobrir as potencialidades de cada aluno e valorizá-lo, ressignificando positivamente suas características negativas. A agressividade irá diminuir com o entendimento da insatisfação do aluno.

Do ponto de vista da saúde mental, a relação familiar deve ser minimamente equilibrada e proporcionadora de paz para uma boa educação dos filhos.

As famílias e as escolas precisam desenvolver a capacidade de se comunicar bem e valorizar as habilidades do aluno para diminuir a frequência de problemas que surgem na relação diária.
Até a próxima semana.

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