Superar fase analógica de 80%, o desafio do TJ-ES
O trabalho remoto se tornou desafio para o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES): 80% dos processos hoje são físicos, enquanto os eletrônicos alcançam os juizados especiais cíveis, execução fiscal e penal. Este quadro tem gerado diferentes interpretações quanto à real produtividade do judiciário estadual nesta fase da pandemia.
“Estamos nos adaptando e programando informatizar 100% até o final do meu mandato”, revela o presidente Ronaldo Gonçalves de Souza, que assumiu em dezembro de 2019 para um mandato de dois anos. Porém, ele aponta que a atual crise poderá comprometer os investimentos.
Inteligência artificial
Outras ações no Judiciário envolvem a integração de comarcas, em estudos, para reduzir a máquina, e os investimentos em tecnologia e inteligência artificial. O presidente do TJ-ES lembra que esses são alguns caminhos para “enfrentar a defasagem de pessoal que temos há anos, pois estão vedadas nomeações e concursos até dezembro de 2021”.
E sobre divulgações que desqualificam a produtividade atual dos juízes, rebate: “Se 80% dos nossos processos são físicos, fica complicado avaliar a produtividade em trabalho remoto”.
Quando as máscaras caem... Ninguém vai poder culpar as estátuas, como esta da Praça Ubaldo Ramalhete, em Vitória, de descartar máscaras usadas em lugares públicos, conforme vem sendo registrado, ampliando o risco de contaminação.

Sem pedal
Enquanto em algumas cidades o trânsito de bicicletas aumentou durante o isolamento social, em Vitória a prefeitura suspendeu o serviço desde 23 de março. A Secretaria de Transportes informa que é para reduzir a circulação de pessoas nas ruas e o risco de contágio.
Sem banho
Em nome do isolamento, prefeituras secaram os chuveiros nas praias. Mas tem o outro lado: a coleguinha Netty Façanha cita o caso de um morador de rua, em Jardim da Penha, que foi reclamar com ela que agora não tem onde tomar banho.
Simbólico lockdown
Até Boa Esperança, pequeno município do Norte, adotou o fechamento total para evitar o avanço da Covid-19. Tem uma simbologia aí. Esperança, todos sabem, é a última...
De volta ao Cais
Empresário José Luiz Kfuri tem sugestões para a inacabada obra pública do Cais das Artes, na Enseada do Suá, que segue gerando polêmica. Propõe entregar para a iniciativa privada que “adequaria o projeto com alternativas rentáveis dos espaços, concluiria a obra com investimento próprio. E exploraria comercialmente os espaços do empreendimento”.
A propósito
Governo atual tem ideia parecida, de concluir o Cais por meio de parceria público e privada. Naturalmente, quando passar o terror da pandemia e houver clima.
Fritura anunciada
Tão logo a atriz Regina Duarte foi nomeada para Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro, um agente cultural capixaba, durante debate, foi premonitório: “Como uma pessoa troca um contrato com a Globo para sentar numa cadeira elétrica?” Pois é.