Indicação de nº 2 gera nova crise na Cultura

| 07/03/2020, 16:45 16:45 h | Atualizado em 07/03/2020, 16:51

Regina Duarte mal foi nomeada secretária de Cultura e já esteve a ponto de pedir demissão. Nos últimos dias, a atriz vem sofrendo enorme pressão nas redes sociais, em especial dos “olavistas” (discípulos de Olavo de Carvalho), por causa das exonerações que fez. A duras penas, ela deve aprender o que há muito tempo se sabe em Brasília: Jair Bolsonaro escuta mesmo a voz das redes sociais. O maior foco da crise gira em torno da indicação do seu número dois: Regina quer ter no cargo de confiança o produtor Humberto Braga; Bolsonaro, não.

Xi… Braga é tido como muito caro para a atriz, mas teriam chegado ao WhatsApp de Bolsonaro fotos dele abraçado a Marcelo Freixo (Psol-RJ) e a Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Round I. Uma queda de braço Regina já perdeu. Ela queria exonerar o polêmico presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, mas Bolsonaro vetou.

Quem manda. Foi determinado que todos os nomes da Cultura passem pelo Presidente. Segundo integrantes do governo, ela foi ingênua ao acreditar que a “porteira fechada” era pra valer.

Ops. Aliás, a relação da atriz com Marcelo Álvaro Antônio tampouco anda muito bem. A secretaria dela fica sob o Turismo.

Rompimento branco. Apesar de a retirada de diplomatas brasileiros da Venezuela ser, na prática, um rompimento da relação entre o Brasil e o país vizinho, formalmente ela não encerra a relação diplomática entre os dois países. Isso porque os postos de trabalho foram deixados vagos e as estruturas ainda existem.

Timing. A decisão do governo brasileiro chamou a atenção do mundo político que recebeu com certa apreensão a notícia sobre a retirada dos diplomatas. A pergunta ainda sem respostas convincentes é o motivo de isso ter ocorrido agora.

Sem tempo, irmão. Apesar da recomendação médica para ficar em repouso por um mês, aliados dizem que Cid Gomes (PDT-CE) não sossega: mesmo de casa, passa o dia grudado no telefone. O senador licenciado foi baleado no controverso episódio da retroescavadeira em Sobral.

Sem pressa. O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e integrante da comissão formada para acompanhar a reforma tributária, diz acreditar ser inviável votar a proposta em 45 dias, prazo estabelecido para funcionamento do colegiado.

Experiência. José Serra (PSDB-SP) relembrou durante reunião do grupo que, na época da Constituinte, o sistema tributário foi discutido ao longo de três anos. O senador está preocupado com eventuais perdas de SP: podem chegar a R$ 21 bilhões no primeiro ano.

Para... A Oxfam Brasil e a Fenafisco se juntaram em uma campanha para que os mecanismos a ser aprovados pelos parlamentares ajudem a reduzir as desigualdades no País e por impostos mais justos.

...aprofundar. No próximo dia 11, as entidades realizam, em Brasília, o seminário O Papel da Reforma Tributária na Redução das Desigualdades, em espaço da Câmara. Serão três mesas de debates, com vários especialistas e parlamentares.

Pronto, falei!
"O cenário exige uma atitude contundente do governo e do Congresso: acelerar a aprovação das reformas. Nem pensar em aumento de gastos públicos!"
Paulo Ganime, deputado federal (Novo-RJ).

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