Centro de São Paulo atrativo para hotel 5 estrelas e cassino
Coluna foi publicada no domingo (28)
“O centro de São Paulo é lindo, mas acabou.” A declaração do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima, considera o problema da Cracolândia e o temor que as pessoas têm hoje de circular na região. Mas ele aposta que, em breve, além da revitalização do comércio local, será possível ter grandes empreendimentos por lá. “Se criarmos um plano de atratividade, o investidor vem. Sou doido para ter um hotel cinco estrelas na região. No centro cabe um grande teatro, um restaurante Michelin. Se amanhã abrir cassino no Brasil, cabe no centro”, afirmou Lima em entrevista à Coluna. No momento, porém, o foco é liberar os R$ 100 milhões em crédito para pequenos e médios empreendimentos, anunciados no aniversário da capital.
NADA DISSO. Lima nega que os projetos para o centro paulistano sejam maquiagem ou fruto da pressa de um ano eleitoral. “Nosso programa de governo estava escrito. Posso falar porque estava na coordenação do plano de governo (de Tarcísio), e temos esse plano como uma Bíblia. Sabesp, Rodoanel, tudo estava lá. Estamos seguindo independentemente de eleição.”
OTIMISMO. Apesar de se tratar de uma segunda etapa do desenvolvimento econômico da região, o secretário estadual aposta ser possível concretizar a captação de grandes investidores ainda nos quatro anos de mandato de Tarcísio. O plano de negócios já deve sair no final do ano.
DESAFIO. Nas discussões sobre o centro, o que fazer com a Cracolândia é a pergunta do milhão, admite Lima. “Não é tão fácil. Mas, quanto mais você investe, mais você traz o poder público para perto”, afirma.
PROPOSTA. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), assumiu a presidência do Consórcio Brasil Central e quer um pacto entre os Estados do grupo pelo avanço da política de tolerância zero com o crime. Para ele, a pauta pode alavancar seu desejo de concorrer ao Planalto em 26. O grupo é formado por DF, GO, MT, MS, TO, MA e RO.
CONFIANTE. “Sei como recebi Goiás e sei como é ter tolerância zero. A população também”, afirmou o governador à Coluna. A segurança pública é um dos maiores focos de insatisfação com o governo Lula, e o ponto alto da popularidade de Caiado.
SUPERAÇÃO. Outra pauta do Consórcio, porém, anima o Palácio do Planalto. Em uma aproximação, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) firmou parceria do programa Brasil sem Fome com os governadores do grupo, cuja maioria é de oposição ao governo Lula.
CHOQUE. O PDT do ministro Carlos Lupi (Previdência) deve ter o PT como adversário nas três capitais que são suas prioridades na eleição: Fortaleza, Aracaju e Salvador. A situação, porém, é minimizada e não deve interferir na aliança nacional.
NOMES. O PT ainda não decidiu as candidaturas de Fortaleza e Aracaju, mas não vai se aliar ao PDT, que lançará o prefeito José Sarto e o secretário estadual Luiz Roberto Dantas, respectivamente. No caso de Salvador, o PDT quer renovar a vice de Bruno Reis (União), enquanto o PT se uniu a Geraldo Júnior (MDB).

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"O Caso Abin reforça a importância de a OAB ter ido ao STF para anular a medida provisória que fazia as teles darem ao governo dados de milhões de brasileiros” - Marcus Vinícius Coêlho, procurador constitucional da OAB