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AT em Família

AT em Família

Colunista

Redação jornal A Tribuna

Comfort food: as comidas que alimentam a alma

| 30/08/2020, 17:21 h | Atualizado em 30/08/2020, 18:21

Comer é uma experiência que vai além de suprir as necessidades nutricionais do organismo. A comida permite reviver memórias e desperta emoções que alimentam a alma. Essa é a definição de uma tendência que vem ganhando cada vez mais força: a das comfort foods.

“As comidas de conforto”, em tradução livre, promovem uma sensação de bem-estar que pode estar associada tanto a lembranças quanto a efeitos dos nutrientes ou a facilidade no preparo.

Segundo especialistas ouvidos pelo AT em Família, essas emoções são positivas, desde que as delícias sejam apreciadas com moderação.

Grande parte das comemorações ou encontros é feita em torno de uma mesa, seja um almoço em família, seja um happy hour depois de uma semana de trabalho ou um café da tarde na casa dos avós, pontua a nutricionista Gabriela Sampaio. Esses momentos vão ficando guardados na memória e as preparações também.

“Daí vem o efeito emocional do comfort food, essa ligação de sentimentos e lembranças pessoais do passado com a comida e/ou bebida”, afirma Gabriela.


Dupla se diverte na cozinha

As boas memórias já estão sendo construídas com a Laura, de 6 anos. Ela adora massas e se aventura na cozinha no preparo de pratos afetivos com a mãe, a chef Marcela Bourguignon.

Marcela, que também é professora de gastronomia, explica que o conceito de comida de conforto é particular de cada pessoa.

“Os pratos afetivos remetem às memórias e têm carga histórica, que se diferenciam por famílias e regiões. Para o capixaba de modo geral, é arroz, feijão e aipim frito. No Pará, açaí, farinha e peixe frito. Para mim, são os caldos feitos em grande quantia para compartilhar.”

Imagem ilustrativa da imagem Comfort food: as comidas que alimentam a alma
Dupla se diverte na cozinha |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Essas emoções positivas são eficientes até na hora de construir uma rotina alimentar saudável.
Felipe Bichi Strela, professor do curso de nutrição do Unesc, destaca que o prazer ao comer é primordial, mas deve ser acompanhado de equilíbrio.

“Um estudo mostrou que pessoas que comiam uma fatia de bolo após o almoço aderiram melhor ao plano alimentar. Fazer dieta não é só restrição! Conseguimos equilibrar para ter momentos de prazer sem gerar prejuízos, o que é uma estratégia de sucesso.”

A nutróloga Mariana Comério alerta que a alimentação deve proporcionar bem-estar, mas não ser compensatória como um alívio para momentos de estresse.

“É possível comer sim, mas moderadamente. É importante comer pequenos pedaços ou porções para não gerar um mecanismo de vício em que a pessoa vai buscar o alimento repetidamente em momentos de estresse, criando um padrão que pode se tornar um transtorno alimentar”, explica.


SAIBA MAIS


Comfort Food

  • O termo Comfort Food significa “Comida Confortável”. Ou seja, que desperta conforto e bem-estar ao ser consumida. As boas emoções podem ser provocadas por diferentes motivos, divididos em quatro categorias: nostalgia, indulgência, conveniência e conforto físico.

Nostalgia

  • Quando pratos carregam memória gustativa que funciona como gatilho para reviver memórias afetivas. Tem peso histórico e também cultural.
  • Costuma ser um prato que a mãe preparava na infância, um bolo de fubá que a avó costuma fazer ou então o prato típico da terra natal quando se está morando em outro lugar.

Indulgência

  • Alimentação, comida ou bebida, que proporciona prazer como forma de recompensa, sem preocupação com o valor nutricional.
  • “Trabalhei a semana inteira, tenho direito a beber no final de semana para relaxar” ou “perdi 1 kg, mereço uma bela sobremesa” são justificativas comuns para a indulgência.

Conveniência

  • Proporciona conforto e bem-estar por não demandar esforço para preparar a refeição.
  • São refeições que já estão prontas na geladeira ou o fast food que não demora para ficar pronto durante um passeio ou pedido de delivery.

Conforto físico

  • São aquelas cuja composição, temperatura e textura proporcionam melhora no estado físico.
  • São alimentos que aumentam hormônios de prazer, como os doces e gordurosos. Nas bebidas, são as alcoólicas, o café e o chá que promovem o bem-estar.

Prazer na dieta

  • Estudos indicam que permitir prazeres no plano alimentar aumenta a adesão à dieta.
  • Retirar do cardápio todas comidas que a pessoa gosta torna a reeducação alimentar um processo penoso e aumenta as tentações para furar a dieta.
  • Outra dica é criar versões mais saudáveis de pratos que proporcionam bem-estar. Por exemplo, usar uma farinha mais leve na receita do bolo, retirar um pouco dos ingredientes da feijoada ou optar por um chocolate com maior concentração de cacau.

Na pandemia

  • Em momentos de tristeza, estresse ou cansaço, como na pandemia, há uma maior procura por refeições mais confortáveis que proporcionem sensação de bem-estar.
  • A orientação é manter a alimentação equilibrada e sem exageros, garantindo a alegria por comer o que gosta e também preservar a saúde.

Fonte: Especialistas entrevistados.

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