Como aposentados devem pedir devolução de desconto indevido
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Uma auditoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontou que 1 milhão de aposentados e pensionistas tiveram descontos indevidos na conta, entre janeiro de 2023 e maio de 2024.
O levantamento ocasionou no cancelamento de todos os débitos autodeclarados como não autorizados. A auditoria sobre os descontos indevidos foi solicitada pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em maio deste ano, após milhares de beneficiários denunciarem descontos mensais nos benefícios que recebem.
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Na folha de pagamento, esses descontos não autorizados estavam em nome de entidades conveniadas ao Instituto.
O relatório elaborado pela auditoria foi enviado à Polícia Federal e à Controladoria-Geral da União (CGU).
Em março deste ano, o INSS tinha 29 associações conveniadas a ele. Elas oferecem serviços como seguros para os aposentados e pensionistas.
Caso o beneficiário autorize, torna-se associado de uma dessas entidades e passa a ser descontado mensalmente, direto na folha de pagamento.
No entanto, os beneficiários alegam que nunca solicitaram ou autorizaram esses descontos. Com o crescimento exponencial de associados, o valor dos repasses que essas entidades recebiam do INSS chegou a dobrar, em alguns casos.
Devido ao número de reclamações, o Instituto analisou os Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com associações e entidades para desconto de mensalidade associativa a partir de janeiro de 2023.
Das 37 associações e entidades que figuram na relação de autorizadas, pelo menos cinco estão com checagem em estado avançado e podem ter seu acordo rescindido, segundo o órgão.
Essas organizações terão direito à ampla defesa e ao contraditório, como determina a lei. No entanto, caso seja comprovada a fraude, o contrato poderá ser suspenso, e o INSS poderá determinar que a Dataprev suspenda os descontos daquela associação ou entidade envolvida.
Além das apurações internas do INSS, o Ministério Público de São Paulo também investiga os descontos indevidos em uma operação realizada em conjunto com a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O INSS disse, em nota, que, para resguardar aposentados e pensionistas, emitiu uma Instrução Normativa com novas regras para os descontos.
O Instituto também afirma que aguarda as conclusões do inquérito e de possível ação para tomar as providências, que podem ser de suspensão e até rescisão dos contratos com as entidades conveniadas.
Caso você tenha sofrido ou ainda esteja sofrendo descontos dessas associações ou sindicatos, procure o seu advogado de confiança para restituição em dobro dos valores descontados e indenização por danos morais.
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