“Tremor pode ocorrer a qualquer momento”, diz especialista

| 04/07/2020, 18:49 18:49 h | Atualizado em 04/07/2020, 19:06

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/regiao-de-maruipe-em-vitoria-epicentro-do-terremoto-2815718e17f9f6baba15c7759b9cb4ee/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fregiao-de-maruipe-em-vitoria-epicentro-do-terremoto-2815718e17f9f6baba15c7759b9cb4ee.jpeg%3Fxid%3D130405&xid=130405 600w, Região de Maruípe, em Vitória: epicentro do terremoto

O tremor de terra ou estrondo sentido por moradores de diversos bairros da Grande Vitória, na tarde da última quinta-feira (2), pode ter sido provocado por falhas geológicas, que são rupturas de blocos de rochas.

Esse mesmo tipo de abalo sísmico pode voltar a acontecer a qualquer momento no Estado, de acordo com a doutora em Geologia Luiza Bricalli, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

“Existe sim, a possibilidade. Pode acontecer a qualquer momento, mas não tem como prever. Eles (os terremotos) ocorrem porque nós temos no Estado várias falhas geológicas, que se movimentam entre si. Quando esse corpo de rochas se mexe, a gente sente o abalo”, explicou a professora.

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Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), às 13h24 da última quinta-feira, ocorreu um tremor de 1,9 de magnitude regional (mR).

O epicentro (local onde o terremoto foi sentido primeiro) foi localizado a menos de 900 metros do bairro Maruípe, com coordenadas que apontam para a região de Santa Cecília.

Por mais que diversos moradores tenham se assustado com os tremores, a geóloga afirma que o abalo não deve ser visto como um motivo de preocupação para os capixabas.

“Um terremoto de magnitude 1,9 não causa danos. Claro que pode dar a sensação de tremor. As pessoas podem até sentir uma leve tonteira e verem objetos se mexerem, mas não há estragos”, explicou a professora.

Ela destaca que é pequeno o risco de acontecer um terremoto com uma magnitude alta no Estado, com possibilidade de ocasionar tragédias.

“Apesar de estarmos sobre uma placa tectônica, em uma região conhecida como intraplaca, aqui no Espírito Santo, o risco é pequeno porque estamos longe do limite dessas placas tectônicas, ao contrário do Japão, por exemplo, que está no limite de duas placas”, comparou.

Bricalli disse ainda que segue analisando o abalo, com o apoio de especialistas de várias partes do País.
 

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