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Regional

Fósseis revelam que preguiça-gigante do ES não possuía pelos

Descoberta sugere que o animal estava adaptado a um clima mais quente do que se supunha anteriormente


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Imagem ilustrativa da imagem Fósseis revelam que preguiça-gigante do ES não possuía pelos
Fósseis revelam que preguiça-gigante do ES não possuía pelos |  Foto: Divulgação

Novas fases das pesquisas sobre os fósseis de três animais pré-históricos encontrados na Gruta do Limoeiro, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, revelaram que a preguiça-gigante que viveu na região há cerca de 13 mil anos não possuía pelos. A descoberta sugere que o animal estava adaptado a um clima mais quente do que se supunha anteriormente.

A espécie, cientificamente denominada Eremotherium laurillardi, podia alcançar até seis metros de comprimento e pesar cerca de quatro toneladas. Diferentemente das preguiças atuais — pequenas, peludas e arborícolas —, esse ancestral era terrestre, de grande porte e vivia em ambientes abertos, como savanas.

O paleontólogo José Luiz Rodrigues Neves, coordenador do Departamento História Natural da Prefeitura de Castelo, foi o responsável pela identificação dos primeiros fósseis no lugar. Segundo ele, a ausência de pelos representa uma possível adaptação evolutiva, destinada a facilitar a dissipação do calor corporal.

“O animal possuía um metabolismo elevado para o seu tamanho, e a falta de pelos ajudava a manter a temperatura do corpo sob controle em um ambiente quente e seco. Os pesquisadores Mário Dantas e Taissa Rodrigues, que também leciona na Ufes, têm se dedicado intensamente aos estudos. Nosso agradecimento a todos”, explicou.

Imagem ilustrativa da imagem Fósseis revelam que preguiça-gigante do ES não possuía pelos
|  Foto: Clóvis Rangel/AT

No entanto, a preguiça-gigante não foi o único gigante a habitar a região. Na mesma gruta, pesquisadores também encontraram fósseis de outros animais impressionantes.

Entre eles, destaca-se o toxodonte (Toxodontinae indeterminado), herbívoro de grande porte que podia pesar até quatro toneladas. Com aparência semelhante à de um rinoceronte sem chifre, alimentava-se de gramíneas, folhas e frutos. Ao contrário do que muitos acreditam, não era semiaquático como o hipopótamo — vivia exclusivamente em ambientes terrestres. O exemplar descoberto em Castelo teria vivido há cerca de 42 mil anos.

Outro habitante ilustre da Gruta do Limoeiro foi o tigre-dente-de-sabre (Smilodon populator), o maior felino que já existiu nas Américas, com peso estimado em até 500 quilos. Provavelmente vivia sozinho ou em pares, em áreas de savana com vegetação arbustiva. Seu método de caça também se destacava: em vez de morder a presa como os leões modernos, derrubava-a com o próprio peso e utilizava seus longos e frágeis caninos para perfurar a garganta do animal abatido. O fóssil encontrado no Sul do Espírito Santo remonta a aproximadamente 34 mil anos.

Esses mamíferos integravam a megafauna do Pleistoceno, período do Quaternário da era Cenozoica, que se estendeu de 2,5 milhões a cerca de 13 mil anos atrás.

O prefeito de Castelo, João Paulo Nali, ressaltou o valor científico e histórico das descobertas pré-históricas. “Castelo se consolida como polo nacional de pesquisas paleontológicas. A Gruta do Limoeiro é um patrimônio que valoriza não só o Espírito Santo, mas o país. Continuaremos investindo na preservação desse legado e no fortalecimento do turismo científico e educacional”, finalizou o prefeito de Castelo.

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