Ilha envolvida em polêmica na Justiça capixaba é colocada à venda. Veja valor
Veja imagens do imóvel, que fica localizado na Praia da Costa
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A Ilha da Baleia, localizada entre o Morro do Moreno e a Praia do Ribeiro, na Praia da Costa, em Vila Velha, está à venda pelo valor de R$ 35 milhões. No anúncio, ao qual o Tribuna Online teve acesso, é informado que o local conta com 19.000 m² de área total e 213m² de área construída.
A imobiliária responsável pelo anúncio fica localizada em São Paulo e vende e loca imóveis no Brasil, Estados Unidos, Europa e Dubai. Segundo o site, a ilha conta com:
• Luz Elétrica direto da distribuidora de energia e energia solar.
• Água encanada submersa direto da distribuidora.
• Casa de 213m² com 4 quartos, sendo 1 suíte, 1 banheiro interno, 1 banheiro externo, cozinha com despensa, quarto de empregada com banheiro, ampla varanda, piscina com aquecedor.
• "Casa de caseiro" com 2 quartos, sala, banheiro e varanda.
Polêmica na Justiça capixaba
A Ilha da Baleia é o pano de fundo de uma ação judicial polêmica no Espírito Santo. Na última segunda-feira (27) o Ministério Público Federal (MPF) divulgou que condenou o dono do imóvel a uma multa de R$ 10 mil. A decisão foi tomada após o empresário descumprir ordem judicial e continuar intimidando banhistas na praia da ilha,
Na ação movida pelo MPF contra o empresário, que vive na ilha, a Justiça já havia determinado que ele parasse de usar fogueiras, boias ou cães para impedir ou, de alguma forma, desencorajar banhistas a utilizarem a praia da Ilha da Baleia.
Apesar da determinação, o MPF recebeu informações de que o empresário continua intimidando os banhistas. No fim de 2024, foi relatado que uma família foi abordada por um "segurança" da ilha enquanto adolescentes jogavam vôlei na areia. Foi informado a eles que não poderiam praticar esportes naquela praia porque o dono não permitia. Ainda segundo o relato, o segurança teria ameaçado soltar os cachorros, assustando a família.
Imagens foram anexadas à representação e mostram que o empresário afixou uma placa na areia afirmando ser proibida a prática de qualquer esporte na praia, assim como fazer churrasco, jogar lixo e ter a presença de animais de estimação. Outra placa ainda informa a suposta proibição de atracar a menos de 200 metros da praia.
Diante dos fatos relatados, o MPF pediu que seja aplicada a multa de R$ 10 mil, prevista na sentença, e a ampliação do valor para R$ 20 mil no caso de novo descumprimento da ordem judicial. O órgão requer ainda que seja determinado ao réu que retire as placas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, em caso de descumprimento.
No pedido, o MPF ressalta que o empresário pode fazer a segurança pessoal e de sua residência, mas não pode exercer "poder de polícia" na praia contra pessoas que ele considera potenciais infratores.
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