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Cidades

Faltam remédios nas prateleiras das farmácias

Está mais difícil encontrar antibióticos, principalmente os infantis, xaropes e antialérgicos após casos de gripe e covid


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Com a explosão de casos de gripe e covid-19 nos últimos meses, a demanda por medicamentos para tratar infecções respiratórias aumentou. O impacto disso já tem sido percebido por farmácias, que estão em falta de antibióticos, principalmente infantis, xaropes e antialérgicos. 

A reportagem entrou em contato com farmácias da Grande Vitória e constatou essa realidade. Entre os principais itens em falta estão amoxilina e azitromicina infantis.

Na Farmácia Mônica, há falta de azitromicina, amoxilina, mupirocina e xarope infantil, por exemplo. A farmacêutica Ana Luísa Zatta contou que, muitas vezes, os pacientes precisam retornar aos postos de saúde para trocarem a receita médica por algum remédio similar que tenha no mercado.

Imagem ilustrativa da imagem Faltam remédios nas prateleiras das farmácias
A farmacêutica Ana Luísa Zatta contou que pacientes precisam trocar receita por similar que tenha no mercado |  Foto: Leone Iglesias/AT

Segundo o farmacêutico da Farmácia Mônica João Paulo Pacífico, a falta se agravou no final de dezembro, com o surto de influenza e de covid-19. “A falta se potencializou e perdura até hoje, com a chegada do outono e o aumento das doenças sazonais respiratórias”.

Na Drogasil e na Santa Lúcia, a falta de remédios para sintomas gripais também tem sido frequente.

Essa realidade também acontece na farmácia Inova. Segundo o vendedor Aloísio Pereira da Silva, há falta de amoxilina e azitromicina, que têm chegado em menor quantidade desde fevereiro.

Imagem ilustrativa da imagem Faltam remédios nas prateleiras das farmácias
Elias e Aloísio: medicamentos |  Foto: Ana Carolina Favalessa

Na Rede Farmes, as principais faltas são de azitromicina e amoxilina infantil. “Nesse momento, está chegando muito pouco, não dá para abastecer todo mundo”, disse o presidente da rede, Marcelo Frisso.

Uma mãe que está com o filho de 26 anos internado, devido a uma infecção urinária por uma bactéria multirresistente, sofreu com a falta do antibiótico hospitalar amicacina. Ele precisou ser transferido de um hospital de Vila Velha para um de Cariacica, pela falta do remédio. 

O jovem usou o medicamento por sete dias e o médico suspendeu o uso, mas voltou a piorar. “Assim que precisou de novo, não tinha mais no hospital”, disse a mãe. Nesta terça-feira, 19, o item chegou ao local, após cinco dias em falta.

A Baratela Distribuidora, que distribui medicamentos para todo o Estado, informou esse é um problema nacional. Segundo o CEO da empresa, Felipe Amaral, o aumento exagerado da demanda afetou a capacidade produtiva da indústria.

Consumo exagerado de antibióticos acende alerta

A falta de antibióticos no mercado, que tem como uma das causas o aumento do consumo dessa classe de medicamentos, acende um alerta: médicos ressaltam que o consumo desnecessário de antibiótico traz riscos e deve ser evitado.

Segundo o infectopediatra Pedro Peçanha, nesse período do ano, esses remédios são usados principalmente contra infecções respiratórias, como sinusite, amigdalite, otite e pneumonia, por exemplo.

“O problema do uso indiscriminado do antibiótico é a resistência bacteriana. Temos que evitar, é importante sempre procurar um médico para uma prescrição”, disse. “Temos que ser bem criteriosos na hora de prescrever antibióticos e os pacientes têm de seguir as orientações do médico”, completou.

A pneumologista Karina Tavares Oliveira explicou que o problema de tomar antibióticos fortes para infecções leves é que a bactéria vai adquirindo resistência, e quando a pessoa precisar realmente de um remédio mais forte, pode ser que ele não consiga deter a bactéria.

Ela também destacou que cada infecção demanda um antibiótico específico, conforme a região do corpo, e o médico é quem avalia isso. “Há pessoas que tomam antibiótico quando têm alguma virose. Virose não é tratado por antibiótico. Antibiótico é para bactéria. Fora que a pessoa pode ser alérgica àquela medicação”, ressaltou.


SAIBA MAIS


O que está em falta

  • Entre os medicamentos em falta no mercado estão principalmente os antibióticos voltados ao tratamento de infecções respiratórias.
  • Um deles é a amoxilina, em diversas miligramas, que se apresenta em comprimido e suspensão (líquido). A líquida, usada para tratar crianças, é a principal em falta atualmente.
  • A azitromicina, também em várias miligramas, também está em falta em muitas farmácias. Ela também se apresenta em comprimido e em suspensão, e a forma líquida é que mais está em falta no mercado atual.
  • Xaropes infantis, como acetilcisteína e ambroxol, também são exemplos. Há falta de remédios voltados para o tratamento de alergias.
  • Outros exemplos são medicamentos feitos à base de ciprofloxacina e dexamasona, além de sulfametoxazol e claritromicina. 
  • A Amicacina, um antibiótico hospitalar usado para tratar infecções em bactérias multirresistentes, também foi vista em falta em alguns hospitais.   

Possíveis causas

  • Entre as possíveis causas para o desabastecimento desses medicamentos foi a alta demanda  nos últimos meses, com o surto de gripe e covid-19. Segundo a Baratela Distribuidora, uma das empresas que distribui medicamentos para o Estado, a indústria farmacêutica não estava preparada para a demanda no período – geralmente, o aumento ocorre a partir de abril, com início do outono e o crescimento de doenças respiratórias.

O que fazer

  • No caso de medicamentos que precisam de receita médica para serem adquiridos, a orientação dos especialistas é solicitar ao médico, durante a consulta, que a receita contenha também um remédio similar, para o caso de falta do antibiótico. Quando não for possível, o paciente precisa retornar ao consultório e pegar uma nova receita médica.

Fonte: Farmácias, distribuidora e especialistas consultados pela reportagem.

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