Coruja rara com dois chifres se abriga em casa de Guarapari

| 23/06/2020, 21:28 21:28 h | Atualizado em 24/06/2020, 09:30

Uma família de Guarapari foi surpreendia com a visita de uma coruja rara e decidiu abrigar a ave em casa, oferecendo comida e água na boca. O aposentado Maurino Arcanjo, 76 anos, e o neto Carlos Antônio Arcanjo, 11, contam que a ave se tornou o xodó da família, e que estava comendo mais peito de frango do que os próprios humanos.

A ave, que é da espécie Ásio Clamator, conhecida entre os especialistas como coruja-orelhuda, coruja-gato (Pernambuco), coruja-listrada e mocho-orelhudo, ficou cinco dias na casa família.

“A coruja apareceu no trabalho da minha mãe, e as pessoas queriam comê-la. Como moramos perto da mata, minha mãe decidiu trazer para casa. Ela não conseguia voar de volta. A coruja veio dentro de uma caixa e andou de moto ainda. Quando ela chegou aqui, não sabíamos o que ela poderia comer. Então demos carne vermelha e ela não quis. Demos frango e ela gostou. Acabou comendo mais frango do que a gente nesses últimos dias”, conta o neto.

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Antônio disse que a coruja não ficou dentro da gaiola e, apesar de ter ficado solta, estava sempre perto deles. Preocupada, a família decidiu entrar em contato com a prefeitura para saber sobre os procedimentos.

“Não tínhamos condições de ficar alimentando com peito de frango e não sabíamos ao certo sobre os procedimentos de como ficar com uma coruja. Quando ligamos para a prefeitura, fomos informados que os biólogos precisavam buscar. Decidimos colocar a coruja na gaiola para que ela não fosse embora enquanto eles não chegavam para buscar”, disse o aposentado.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-06/372x236/carlos-antonio-arcanjo-11-e-a-coruja-2e29869c379a8ed2204d959fda059129/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-06%2Fcarlos-antonio-arcanjo-11-e-a-coruja-2e29869c379a8ed2204d959fda059129.jpeg%3Fxid%3D128528&xid=128528 600w, Carlos Antônio Arcanjo, de 11 anos, acaricia a coruja.
O biólogo e coordenador do Parque Municipal Morra da Pescaria, Rivelino Galvão, realizou na manhã desta terça-feira (23) o resgate da coruja, que ficará em observação até ser solta no parque, que é uma área preservada na cidade.

“O animal aparenta estar em fase de crescimento, ainda jovem, e pode ter aparecido para a família após a ave ter sido expulsa do território pelos pais. E isso é comum entre as aves. Essa coruja saiu do seu ninho e agora está procurando sua própria área de sobrevivência. A ave pode até voltar para a casa dessa família, se ela gostou do tratamento”, disse Galvão.

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