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Brasil

Camarão azul gigante, comum na Austrália, assusta pescadores no Brasil

O crustáceo chamou atenção por conta de seu tamanho. Espécie é comum na Austrália e em ilhas dos oceanos Índico e Pacífico


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Imagem ilustrativa da imagem Camarão azul gigante, comum na Austrália, assusta pescadores no Brasil
Pescador encontrou o Camarão-Gigante-da-Malásia no Pará e vídeo viralizou nas redes sociais | Foto: Reprodução/Redes sociais

Imagens de um camarão gigante capturado por pescadores no Pará estão circulando nas redes sociais e chamando atenção pelo tamanho incomum do animal.

No vídeo, é possível ver os pescadores comparando o crustáceo com suas próprias mãos e cabeças. Para entender como esse camarão chegou às águas brasileiras, o UOL conversou com Kleber Mathubara, ictiólogo e doutorando em Biologia pela Universidade de São Paulo.

O animal capturado é um Camarão-Gigante-da-Malásia (Macrobrachium rosenbergii). Essa é uma espécie que pode chegar a 32 cm de comprimento, no caso dos machos e, 25 cm no das fêmeas.

Segundo Mathubara, a espécie é nativa de regiões tropicais e subtropicais do Indo-Pacífico, com registros no sudeste asiático, norte da Austrália e em diversas ilhas dos oceanos Índico e Pacífico.

“A introdução desta espécie no Brasil ocorreu há mais de 45 anos no Nordeste brasileiro, com a finalidade de cultivo para fins comerciais, a carcinicultura”, explica o ictiólogo.

Expansão da espécie chegou à Amazônia brasileira. Apesar de inicialmente restrito ao Nordeste, esse camarão exótico se espalhou para outras partes do país, incluindo o sudeste e o litoral amazônico, onde foi capturado recentemente.

Captura

Como se trata de uma espécie exótica, sua captura não é proibida no Brasil. “A remoção desta espécie de águas brasileiras pode ter um impacto ambiental positivo”, afirma Mathubara.

Espécies exóticas podem competir com as nativas por alimento e espaço, desequilibrando o ecossistema.

“A introdução de espécies exóticas é uma das grandes causas de perda de fauna no nosso país. Já que essas espécies podem se tornar competidoras das nativas”, destaca o especialista.

O Camarão-Gigante-da-Malásia se alimenta de uma ampla variedade de organismos, incluindo pequenos vermes, moluscos, insetos aquáticos, algas, frutos e sementes. Essa versatilidade facilita sua expansão para novos ambientes.

O camarão pode viver tanto em água doce quanto em água salgada, ocupando desde rios e estuários até regiões oceânicas a 200 km da costa.

Crustáceo pode chegar a 32 centímetros

O Camarão-Gigante-da-Malásia (Macrobrachium rosenbergii) é uma espécie que pode chegar a 32 cm de comprimento, no caso dos machos, e 25 cm no das fêmeas.

Essa espécie não é brasileira, sendo nativa do Indo-Pacífico, comum no sudeste asiático, norte da Austrália e ilhas do Oceano Índico e Pacífico.

Apesar do Brasil ser um país rico em biodiversidade de peixes, nem todos os predadores naturais são capazes de caçar essa espécie. “Nem todos os peixes estão dispostos a encarar um camarão deste tamanho e com quelas, ou garras, que podem atingir até 30 cm nos machos adultos”, diz Kleber Mathubara, ictiólogo e doutorando em Biologia pela Universidade de São Paulo.

A ausência de grandes predadores faz com que sua população possa crescer sem equilíbrio como as espécies nativas dos rios brasileiros, explica Mathubara.

Não é a primeira vez que o crustáceo aparece nas águas do Pará. Isso pode estar acontecendo devido à introdução de uma espécie exótica, que pode ter chegado à região por meio de atividades humanas, como o transporte em embarcações ou a liberação acidental em sistemas de aquicultura, combinada com fatores ambientais que favorecem sua sobrevivência e multiplicação.

Fonte: Kleber Mathubara, ictiólogo e doutorando em Biologia pela USP.

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