Após estrondos, prédio é novamente interditado em Vila Velha
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Moradores do bloco 13 do Residencial Vila Velha, localizado no bairro Jabaeté, foram novamente obrigados a deixar suas casas na noite de domingo (14). O motivo: novos barulhos e estrondos vindos da estrutura do imóvel.
Horas antes deste novo episódio, os moradores foram autorizados a retornar para os seus apartamentos. Na sexta, eles já haviam sido orientados a evacuar o prédio diante destes barulhos, que, segundo os moradores, pareciam estar ligados a questões estruturais. Eles não se sentem seguros para continuar no local.

No domingo, com medo, as famílias deixaram o prédio e ficaram nas calçadas do residencial sem saber o que fazer. "Passamos uma noite de cão, do lado de fora, no sereno. A síndica ficou com dó e colocou a gente para dormir no escritório, tudo amontoado. Aqui em casa somos seis, sendo que a minha filha mais nova tem dois anos. É complicada a nossa situação", disse a auxiliar de serviços gerais Deslaine Maia, de 36 anos.
"Eles pediram 72 horas. Saímos daqui sexta a noite e, domingo, voltaram com a gente para cá. No domingo a noite tiveram mais dois estrondos. Então, eles não esperaram o prazo de 72 horas. Estamos aqui dependendo de ajuda de amigos com alimentação. Eles acham que a gente é pobre e a gente não entende de lei. É muito triste", lamentou Deslaine.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), após os estrondos, moradores observaram rachaduras no prédio.
"Moradores de um condomínio que fica no bairro Jabaeté, em Vila Velha, entraram em contato, via Ciodes (190), informando que ouviram estrondo e notaram rachaduras em um dos prédios na noite deste domingo (14). O Corpo de Bombeiros Militar foi ao local, confirmou o fato e orientou as famílias a deixar os imóveis preventivamente, por segurança. A Defesa Civil municipal foi acionada e informou que iria enviar uma equipe para avaliar a estrutura do local na manhã desta segunda-feira (15)", diz a nota enviada pela assessoria.
CREA não autorizou retorno
Em entrevista a TV Tribuna/SBT, o engenheiro civil do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-ES) Giuliano Battisti afirmou que o órgão não autorizou o retorno dos moradores ao imóvel, sem que o local recebesse um laudo atestando a estabilidade da obra.
"O CREA pediu um prazo de 72 horas para que pudéssemos verificar o andamento da estrutura. A nossa posição é que, em um prazo de 7 a 15 dias, que o prédio não esteja ocupado, prazo para a perícia comprovar e constatar o que precisa ser feito", explicou.
Por meio de nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que a liberação para retorno dos moradores foi dado por um laudo de engenheiro da Caixa. No entanto, diante dos novos relatos, "por segurança, o prédio foi novamente isolado, na noite de domingo (14). A Defesa Civil foi acionada e acionará a Caixa".
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