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AT em Família

AT em Família

Colunista

Redação jornal A Tribuna

Maioria das vítimas de apendicite tem até 20 anos

| 02/12/2020, 10:59 h | Atualizado em 02/12/2020, 11:24

Imagem ilustrativa da imagem Maioria das vítimas de apendicite tem até 20 anos
|  Foto: Pixabay

A apendicite é a causa mais comum de dor abdominal aguda que requer tratamento cirúrgico no mundo ocidental. A doença é mais frequente na segunda década da vida, entre os 11 e os 20 anos.

Porém, afeta pessoas de todas as faixas etárias, tendo maior gravidade principalmente em crianças, idosos, grávidas e obesos.

Mesmo quem não está nesse grupo de risco deve procurar atendimento médico imediato, já que a doença pode levar à morte se não for tratada a tempo.

José Tarcísio Zovico, cirurgião do aparelho digestivo e mestre do Capítulo Espírito Santo do Colégio de Cirurgiões, explicou em quais casos a inflamação do apêndice evolui com gravidade.

AT em Família – O sintoma da doença surge apenas quando o tratamento é urgente ou dá para identificar precocemente?

José Tarcísio Zovico – Nem sempre o quadro clínico é típico. Até 30% dos pacientes podem apresentar sintomas não habituais, o que dificulta o diagnóstico. Diarreia e sinais urinários são exemplos não habituais.

Exames complementares e acompanhamento da evolução do paciente por um cirurgião experiente são fundamentais para a conclusão diagnóstica.

A automedicação, o retardo na procura por assistência médica, algumas situações específicas e o uso indevido de antibióticos podem retardar ou agravar o quadro.

Quais são os sinais mais comuns da doença?

A apendicite é a causa mais comum de dor abdominal aguda que requer tratamento cirúrgico no mundo ocidental.

A presença de dor abdominal de início difusa, que se localiza no lado inferior direito do abdômen, acompanhada de perda de apetite, febre baixa e com uma descompressão brusca do abdômen dolorosa corresponde a um quadro clínico clássico de apendicite.

Muitas vezes, apenas a história clínica e o exame físico bastam para definir o diagnóstico.

Após o tratamento é preciso seguir um estilo de vida com alimentação própria?

Após a liberação de seu cirurgião, a vida segue normalmente. Lembrando sempre de manter hábitos alimentares saudáveis.

Quem já teve apendicite pode ter novamente?

O tratamento da apendicite aguda é a apendicectomia, que é a retirada do apêndice. Portanto, não há recidiva do quadro.


Em quais casos a apendicite evolui com gravidade?

Crianças muito pequenas não conseguem informar bem suas queixas e possuem um epíplon mais curto. O epíplon é como se fosse um avental de gordura intra-abdominal que ajuda a “bloquear” inflamações.

Em grávidas, o exame físico fica prejudicado, pois o crescimento do útero pode deslocar o apêndice promovendo dor em locais não habituais, além de estar mais limitado o uso da tomografia computadorizada devido à radiação.

Idosos podem ter doenças coexistentes que aumentam os riscos da cirurgia, além de terem, em geral, menos defesa contra infecções.

Em obesos, que também têm doenças associadas, é mais difícil fazer o exame físico. Os exames complementares são prejudicados e a cirurgia é tecnicamente mais complexa.

Pacientes imunossuprimidos, seja por medicações ou por doenças, têm maior risco de infecções.

E, por fim, o retardo no diagnóstico. Todas essas situações acima impõem maior gravidade.

A infecção no apêndice pode afetar outros órgãos?

O agravamento pode levar a uma evolução de um processo infeccioso, inicialmente restrito ao apêndice, para abscessos intra-abdominais localizados ou difusos pelo abdômen, com consequente infecção generalizada de grande gravidade.

Por que existe o risco de morte por apendicite?

Pelo risco de infecção generalizada. O diagnóstico precoce e o tratamento cirúrgico são fundamentais para diminuir a mortalidade da doença e o período de internação. Em época de pandemia, quanto menor o tempo de hospitalização, melhor.

Fique por dentro

  • Apendicite aguda é a inflamação do apêndice, órgão localizado na transição do intestino delgado para o intestino grosso, do lado direito do umbigo.
  • Geralmente é causada por fezes que obstruem seu interior promovendo proliferação bacteriana. Ou então, menos frequentemente, por corpos estranhos, por tecido linfático aumentado no local e até por tumor.
  • Dor abdominal de início difuso, localizada no lado inferior direito do abdômen, acompanhada de perda de apetite, febre baixa e com descompressão brusca do abdômen dolorosa são indicativos de apendicite.

Perguntas dos leitores

O tratamento é apenas cirúrgico com a remoção do apêndice ou há alternativas?

Olívia Gujanwski Campos, 32 anos, profissional de Recursos Humanos

Uma vez feita a suspeição clínica de uma apendicite aguda, o tratamento é cirúrgico. Preferencialmente por videolaparoscopia, que permite uma recuperação mais rápida e diminui significativamente a incidência de infecção na ferida cirúrgica.

Qual a função do apêndice no organismo? Retirá-lo pode causar problemas de saúde?

Felipe Fermiano, 23 anos, estudante

O apêndice é um órgão imunitário, como as amígdalas que possuímos na orofaringe. Cumpre seu papel ajudando na defesa do organismo, mas não é imprescindível.

A retirada do apêndice por inflamação aguda somente traz benefícios.

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