Ferrugem: “Acredito no pagode como um lugar que acolhe geral”
Pagodeiro, que se apresenta neste sábado em Vila Velha, concedeu entrevista exclusiva
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Apesar de ainda ser um cenário dominado por homens, o pagode tem se tornado cada vez mais diverso com a chegada de nomes como Ludmilla e Gloria Groove ao ritmo. Com a drag queen, aliás, o pagodeiro Ferrugem teve a oportunidade de dividir os vocais na canção “Câmera Frontal”, do projeto “Serenata da GG”.
“Gloria Groove é uma artista que admiro demais. Tanto que o convite para cantar com ela nesse disco foi prontamente aceito. Acredito muito no pagode como um lugar que acolhe geral e que é seguro para todos, sem espaço para preconceito”, afirma o carioca.
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É levantando a bandeira da diversidade no pagode que o cantor se apresenta hoje, às 17h, no estacionamento do Boulevard Shopping Vila Velha, em Itaparica. Por lá rola o projeto “Vozes”, que também vai receber show de Péricles. Ingressos: R$ 150 (5º lote/meia), no site zig.tickets. Classificação: 18 anos.
A Tribuna - Chega ao Estado para o “Vozes”, que também recebe Péricles, o Rei da Voz. Muita responsabilidade, não?
Ferrugem Muita responsabilidade e emoção, eu diria. Péricles é um dos meus maiores ídolos. Então, dividir o palco com ele é sempre uma alegria daquelas.
Como é sua relação com ele?
Somos amigos e parceiros, na vida e na música, há vários anos.
Existe a possibilidade de receber Péricles no palco para cantar “De Cama em Cama”, uma de suas novas músicas?
Seria incrível se esse encontro rolasse. Quem sabe, né? Recentemente, lancei os dois primeiros volumes do meu projeto ao vivo, chamado “Ferrugem 10 Anos”. Foi gravado em São Paulo, com a presença de artistas que fizeram parte da minha trajetória. Óbvio que o Péricão não podia faltar nessa festa!
O que prepara para o show?
Tô preparando um show para cima, divertido, mas também cheio de emoção.
Vai apresentar show do álbum “Interessante”. Como foi fazer um trabalho mais melancólico depois de anos cantando sobre amores que deram certo?
Nesse disco, lançado ano passado, eu de fato revelo uma faceta mais melancólica minha. Uns amores mais doídos, mais sofridos, sabe? Para esse repertório, botei para jogo a minha faceta de intérprete, me apropriando de vivências que não necessariamente eu vivo, mas que causam identificação para quem ouve.
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