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Coluna foi publicada no domingo (24)
O governo Lula indicou a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) como representante do Brasil a partir de 2024 na OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), que reúne oito países da região. A opção política foi feita após o país ter tido três técnicos na entidade. Ela assumirá em 1º de fevereiro o cargo de diretora-executiva, para mandato de três anos. Grazziotin substituirá o diplomata Carlos Lazary, na função desde 2019 e ex-embaixador no Peru e no Equador.
Histórico
Antes da ex-senadora, que é farmacêutica, o último político a ser indicado pelo Brasil para a entidade amazônica foi o ex-deputado federal Marcos Afonso (PT-AC), diretor-administrativo entre 2004 e 2007. Fundada em 1995, a OTCA atua com programas e atividades ligados a meio ambiente, questão indígena, saúde e ciência e tecnologia, entre outros.
Tradição
O PSB tem lembrado com nostalgia o fato de o ministro Flávio Dino (Justiça) ser o terceiro nome do partido na história a ocupar uma vaga no STF. Antes dele, integraram a corte Hermes Lima e Evandro Lins e Silva, fundadores da legenda, em 1947.
Ambos foram ministros de João Goulart e nomeados por ele para o tribunal, nos anos 1960. Também têm em comum o fato de terem sido cassados pela ditadura com base no AI-5.
Vestir a camisa
Secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar, afirma que o futuro titular da pasta terá que se adaptar às políticas do governo Lula (PT) implementadas por Dino. "O nome é que vai se adequar à política, não é a política que vai se adequar ao nome", diz, argumentando que o que importa é a continuidade.
Enxugar gelo
O deputado Capitão Augusto (PL-SP) enviou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ofício propondo a criação de um grupo de trabalho na Casa para aprimorar a Lei de Execuções Penais. Segundo ele, é preciso evitar o "retrabalho" da polícia. "Você prende a mesma pessoa várias vezes pelo mesmo motivo. Tem gente que nós já pegamos no estado de SP que tinha 90 processos criminais e estava na rua, solto pela Justiça".
Penduricalho 1
Presidente da Federação de Futebol de SP, Reinaldo Bastos recebe R$ 50 mil mensais da CBF além do salário de R$ 110 mil como vice-presidente da entidade nacional, benefício que outros dirigentes na mesma condição não têm. Ele deve ser candidato a comandar CBF em janeiro, após romper com Ednaldo Rodrigues, afastado do comando da entidade pela Justiça. Ambos eram aliados até há poucos dias.
Penduricalho 2
O dirigente paulista é um dos oito vices da CBF e um dos três que acumulam a função com a de presidentes de federações estaduais, ao lado de Antônio Lopes (AC) e Rubens Costa Filho (RJ). A entidade nacional paga salário de R$ 50 mil a cada um dos 27 presidentes de federação estadual, mas apenas Bastos acumula os dois vencimentos, segundo documentos obtidos pelo Painel. Procurado, ele não se manifestou.
Sarjeta
Um projeto da Prefeitura de Santos (SP) que prevê pagamento de R$ 660 de aluguel para moradores de rua virou tema da campanha municipal de 2024. Opositora do prefeito Rogério Santos (Republicanos), que buscará a reeleição, a deputada Rosana Valle (PL) diz que o projeto perpetua o problema e pode atrair mais pessoas, inclusive de outras cidades, para as ruas.
Teto
A prefeitura diz que o projeto está sendo distorcido e que o dinheiro não será dado diretamente aos moradores de rua, mas direcionado aos aluguéis. Os beneficiados são pessoas já atendidas por outros programas.
Voz
Ex-candidato à Presidência da Nicarágua e ex-preso político, Félix Maradiaga será palestrante do Fórum da Liberdade, maior evento liberal do país, que ocorrerá em 4 e 5 de abril em Porto Alegre (RS).