Presidente da Caixa faz gestos políticos e promete diálogo
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (10)
O novo presidente da Caixa, Carlos Vieira, adotou uma estratégia para aplacar resistências à sua posse, ocorrida na quinta-feira (09), fruto de acordo do presidente Lula com o Centrão: conversar. Habituado ao mundo político, Vieira abriu diálogo com parlamentares que se queixavam da falta de espaço com a ex-presidente Rita Serrano. Também procurou, pessoalmente, o ministro Jader Filho (Cidades) e garantiu que fará um trabalho conjunto no Minha Casa, Minha Vida.
Como revelou a Coluna, Jader manifestava preocupação com a troca na Caixa. Até agora, o dirigente do banco não se comprometeu a manter a vice-presidente de Habitação, Inês Magalhães, como quer o governo. Mas a expectativa de quem esteve com Vieira é de que isso aconteça, em mais um gesto a Lula.
VAZIO. Sem Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a posse esvaziada de Vieira deixou uma “pulga atrás da orelha” no Centrão. Líderes se lembraram das posses reservadas dos ministros André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa (Portos e Aeroportos). Como revelou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Vieira inicialmente pensava que sua posse seria no Planalto.
DEMANDA. Representantes do Movimento Atualiza Simples Nacional, de entidades do setor de serviços, entregaram ao ministro do Empreendedorismo, Márcio França, estudo que aponta a necessidade de revisar as faixas de faturamento do Simples. O levantamento diz que a medida geraria mais de 650 mil empregos.
MUDANÇA. O grupo pediu ao ministro empenho na aprovação do projeto que eleva o limite de faturamento anual para uma empresa aderir ao Simples Nacional. A proposta é subir dos atuais R$ 4,8 milhões para R$ 8,4 milhões.
FECHA... O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) apresentou um projeto de decreto legislativo para anular o despacho do presidente Lula que resgatou o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A (Ceitec). Ele afirma que a empresa, conhecida como “estatal do chip do boi”, é um ralo de desperdício de dinheiro público.
...DE VOLTA. Nesta semana, livre da extinção, o Ceitec já projeta a contratação de 50 servidores, e estima até 7 anos para ficar independente do dinheiro da União. A estatal está vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
EXPLICAÇÃO. O atual gestor, Augusto Gadelha, disse à Coluna que 110 funcionários foram exonerados quando o governo Jair Bolsonaro iniciou seu processo de liquidação. Ficaram 62. Para a retomada de produção e posicionamento estratégico, admite que será necessário fazer uma análise mais precisa do mercado.
CONTENDA. A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) procurou o ministro da Defesa, José Múcio, para reclamar que o ministro da Justiça, Flávio Dino, demora para regulamentar e dar segurança jurídica ao setor econômico de arma e munição. “Ele ouviu, mas não saiu nada de prático do encontro”, diz uma fonte à Coluna.
PÓS-TRIBUTÁRIA. Flávio Dino pediu aos presidentes da Câmara e do Senado uma semana no Congresso dedicada à votação de projetos voltados à segurança pública. Dino quer encerrar o ano com uma resposta à crise enfrentada pelo governo.

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"A PEC 45 nos deixa muito mais próximos do atual manicômio tributário do que gostaríamos de estar. É quase 6 por meia dúzia" - Marcos Cintra, vice-presidente da FGV