Conselho sobre Enel: “É caso de polícia, tem de jogar pesado”
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (08)
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), é taxativo no conselho ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para enfrentar os problemas com a empresa Enel na distribuição de energia em São Paulo: “Enel é caso de polícia. Tem que ser jogo pesado. Em Goiás, consegui expulsá-los”, afirmou à Coluna.
A Enel vendeu a distribuição de energia em Goiás para a Equatorial Energia por R$ 1,6 bilhão em 2022. No entendimento do governo goiano, a empresa fez a transação pouco antes de ser descredenciada porque sabia que esse seria o caminho natural, diante dos problemas no serviço prestado.
A Enel acumulava índices negativos no Estado. Dados da Aneel mostram que o número de horas de apagões em Goiás ultrapassou os limites definidos em vários anos.
PONDERAÇÃO. Embora defenda privatizações no País, Caiado diz ser preciso avaliar qual setor respondeu positivamente. “Na telefonia foi sucesso total. Na distribuição de energia não conseguiu, em nenhum estado, atender à demanda e ao consumo, muito menos à expansão solicitada”.
OUTRO LADO. A Enel afirmou, em nota, que investiu mais de R$ 7 bilhões, construiu 19 novas subestações e modernizou outras 140, nos seis anos de concessão em Goiás. “O Grupo realizou uma verdadeira transformação na infraestrutura de distribuição de energia do estado”.
DESGASTE. Os vereadores do Psolquerem convocar os secretários de Governo e da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo para explicar se há plano para aterrar os fios de energia no município. O prefeito Ricardo Nunes sugeriu cobrança de uma contribuição opcional dos moradores para agilizar o aterramento.
AOS FATOS. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre, prometeu ao presidente Lula que, se o PSD não entregasse votos para a reforma tributária, o União o faria. Mas ontem, na CCJ, o PSD deu 100% dos votos e o União, não: Sergio Moro votou contra.

CAMAROTE. Os ex-senadores Romero Jucá e Fernando Bezerra Coelho, que agora prestam consultoria política para empresas, assistiram do plenário da CCJ à votação da reforma tributária. O regimento dá esse privilégio a ex-senadores.
JUSTO QUEM. O presidente da Câmara, Arthur Lira, escolheu o deputado Mendonça Filho para relatar a proposta do Novo Ensino Médio na Comissão de Educação. A decisão incomoda o governo, que mobiliza a base para emplacar um outro nome. Mendonça foi ministro da Educação de Temer e fez a reforma no ensino médio que Lula quer revisar.
LONGA... Há quase dois meses ministro do Empreendedorismo, Márcio França ainda não conseguiu nomear seu “número dois”. Após uma consulta à bancada do PSB, ele convidou para a secretaria executiva o chefe de gabinete da liderança da sigla na Câmara, Renato Ferreira. Mas a nomeação está travada no Planalto, que ainda está fazendo a tradicional varredura no histórico de um indicado para o governo.
...ESPERA. A aliados, o ministro atribui a demora na oficialização à natureza da máquina pública, e rechaça qualquer tipo de “geladeira” imposta pelo Planalto.
Pronto, falei!
"Haddad é o grande responsável pela construção política da reforma tributária. Considerando a situação inicial de desconfiança, o resultado foi muito positivo” - Bernard Appy, secretário da reforma tributária