Ministério Público denuncia Cláudio Castro e mais 11 por abuso de poder
Desvios de projetos culturais e sociais ultrapassam os R$ 220 milhões, segundo o MP.
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Nesta quarta-feira (14), o Ministério Público Eleitoral entrou com uma ação contra o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) e mais 11 pessoas. As acusações são por abuso de poder político e econômico por causa dos desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (RJ) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). As informações são do G1.

Castro (PL) foi reeleito governador e iria iniciar seu segundo mandato a pouco mais de duas semanas. De acordo com os procuradores, na na Ceperj os desvios eram feitos por meio de projetos como Esporte Presente, Casa do Trabalhador, RJ para Todos e Cultura para Todos. E na Uerj, por projetos como o Observatório Social da Operação Segurança Presente.
A Ceperj foi alvo de uma série de denúncias de pagamentos irregulares através do órgão a partir de agosto. Funcionários teriam sacado mais de R$ 220 milhões em espécie na boca do caixa, segundo o Ministério Público.
Veja quem são os acusados:
1-Cláudio Bonfim de Castro e Silva (PL);
2-Thiago Pampolha Gonçalves (vice-governador - União Brasil);
3-Rodrigo da Silva Bacellar (ex-secretário de Governo e deputado estadual reeleito - PL);
4-Gutemberg de Paula Fonseca (ex-secretário de Esporte, Lazer e Juventude e eleito suplente de deputado federal - PL);
5-Leonardo Vieira Mendes (ex-secretário de Defesa do Consumidor e deputado estadual reeleito - PSC);
6-Aureo Lídio Moreira Ribeiro (deputado federal eleito - Solidariedade);
7-Bernardo Chim Rossi (ex-deputado estadual - Solidariedade);
8-Allan Borges (ex-subsecretário Estadual de Infraestrutura e Obras);
9-Max Lemos (secretário Estadual de Infraestrutura e Obras e deputado federal eleito - PROS);
10-Marcos Venissius da Silva Barbosa (eleito suplente de deputado federal - Podemos);
11-Patrique Welber Atela (secretário Estadual de Trabalho e Renda);
12-Danielle Christian Ribeiro Barros (secretária Estadual de Cultura e Economia Criativa).
A Procuradoria Regional Eleitoral acusa o grupo de abuso de poder político e econômico e conduta vedada pelo uso de “folha de pagamento secreta” com 27 mil cargos temporários na Ceperj e 18 mil nomes na Uerj. Em casos de abuso de poder e conduta vedada, as penas incluem a cassação dos eleitos, a inelegibilidade por 8 anos (do ano eleitoral em diante) e multa. A assessoria do governo do Rio de Janeiro ficou de enviar uma nota explicando a situação.
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