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Cidades

Refrigerantes e salgadinhos matam 57 mil por ano

Pesquisa mostrou que alimentos ultraprocessados foram responsáveis por mais mortes em 2019 do que os homicídios


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Salgadinhos, macarrão instantâneo, refrigerantes. Esses e outros alimentos ultraprocessados estão na rotina alimentar de muitas pessoas, ao mesmo tempo em que fazem mal à saúde delas. 

Uma pesquisa realizada por estudiosos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP), Fiocruz e da Universidad de Santiago de Chile teve os ultraprocessados como tema, calculando o número de mortes prematuras ( de pessoas de 30 a 69 anos) associadas ao consumo desses alimentos no Brasil.

Publicado no American Journal of Preventive Medicine, o estudo afirmou que, por ano, cerca de 57 mil pessoas vêm a óbito, de acordo com dados de 2019. Esse número é superior ao de homicídios no País na mesma época, que foi de 45,5 mil mortes em 2019, segundo informações do Atlas da Violência.

Leandro Rezende, um dos autores do trabalho e professor adjunto do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), afirmou que políticas públicas que possam reduzir esses alimentos da mesa do brasileiro são necessárias.

“O que está acontecendo é que os alimentos ultraprocessados estão substituindo os padrões alimentares saudáveis. Segundo o IBGE, cerca de 20% do total calórico de um brasileiro vem deles. O Guia Alimentar Para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda que o consumo desses alimentos seja reduzido e também que a base da alimentação seja com alimentos in natura”, disse.

O médico e nutrólogo Roger Bongestab explicou sobre como os ultraprocessados afetam o corpo. 

“Os ultraprocessados contêm uma quantidade maior de substâncias nocivas, como gorduras trans e saturadas, excesso de sódio e conservantes. São substâncias  que acabam alterando o metabolismo, levando a uma inflamação maior no corpo”, falou. 

Segundo a endocrinologista Queulla Garret,  o consumo desses alimentos causa doenças. “Eles aumentam muito o risco do aumento do colesterol, obesidade, gordura no fígado e com isso a Síndrome Metabólica, o que gera alto risco de doença cardio e cérebro vascular, como por exemplo, o infarto do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, explicou Queulla. 

SALADAS E FRUTAS

Nada de alimentos ultraprocessados

Imagem ilustrativa da imagem Refrigerantes e salgadinhos matam 57 mil por ano
Tatiana Santiago, vendedora de alimentos e seu filho. |  Foto: Leone Iglesias/AT

A vendedora de alimentos Tatiana Santiago, 39 anos,  contou que não entra comida ultraprocessada em sua casa. Vegetariana, Tatiana  tem uma alimentação saudável desde pequena. 

“Vivi muito tempo na roça com meus pais e eles tinham muitas plantações de frutas e verduras. Eu cresci nesse ambiente”, comentou. 

Ela afirmou que  passa para seus filhos a importância de se alimentar bem, com muita salada e frutas.


A PESQUISA


541,1 mil pessoas de 30 a 69 anos morreram no Brasil em 2019. Desse total de óbitos, 57 mil foram associados ao consumo de alimentos ultraprocessados.

Outros números

A maioria das mortes aconteceu com homens, em uma porcentagem de 60%.

A faixa etária em que mais mortes ocorreram foi entre 50 e 69 anos (68%).

Se a população como um todo reduzisse a quantidade desses alimentos na ingestão total de energia, vidas seriam poupadas por ano. A redução de 10% pouparia 5,9 mil vidas, enquanto as de 20% e 50% poupariam 12 mil e 29,3 mil vidas, respectivamente.

Ultraprocessados

O que são: Alimentos que contêm uma quantidade maior de substâncias nocivas, como gorduras trans e saturadas, excesso de sódio e conservantes.

 Exemplos: Salsichas e outros embutidos, pães de forma, pizzas, hambúrgueres, nuggets (congelados).

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