Herdeiros do Fofão processam Carreta Furacão

À esquerda, Fonfon é personagem da Carreta Furação e à direita, Fofão é o personagem icônico de Orival Pessini |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

O herdeiro do humorista Orival Pessini, falecido em 2016, agiu contra a Carreta Furacão e a processou por plágio do personagem Fofão. O ator deu vida ao icônico personagem que se tornou popular na televisão brasileira na década de 80, junto com o Balão Mágico.

A Carreta Furacão criou outro boneco chamado Fonfon, semelhante ao original. Mas agora, o grupo enfrenta uma batalha judicial por conta do personagem criado. Uma decisão recente do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve uma liminar que proíbe o grupo de explorar o personagem caso não cumpra algums condições. 

O filho de Orival Pessini, Pedro Vasen Pessini, acusa a grupo de animação infantil Carreta Furacão por uso indevido. O herdeiro do ator e humorista entrou na Justiça, representado pela empresa Agência Artística.

A agência cobra ainda uma indenização que chega a R$ 500 mil, acusando o grupo de “usurpação de criação artística”.

Para a justiça, a agência informou que o artista tinha muito receio de que seus personagens fossem apropriados de forma indevida e maliciosamente por outras pessoas. Um dos pedidos dele, antes de ir a óbito, foi que os moldes do personagem e as máscaras fossem todos destruídos.

O desembargador José Carlos Ferreira Alves, que é o relator do referido processo, analisou e afirmou que, ao que tudo indica, o grupo fez a criação do Fonfon como forma de burlar as leis e usar o personagem sem autorização.

Carreta Furacão se defende

Já a defesa do grupo aponta que a Carreta Furacão, criada em 2002, usa Fonfon como uma paródia de Fofão, “o que não constitui uma violação dos direitos autorais de acordo com a legislação”. 

“Diferentemente do personagem Fofão, Fonfon possui cabelos longos, pelos das mãos e dos pés avermelhados, pele bem branca e usa roupas extremamente coloridas", seguem. "É uma caricata divertida que leva alegria para a população de pequenas cidades. Não há que se falar em plágio!".

Os representantes da família Pessini declararam à Justiça que FonFon "não é uma paródia, mas uma cópia mal feita, tosca e horrorosa do Fofão original".

Estamos sim diante de uma cópia desautorizada e mal-ajambrada de um personagem querido, que evoca a memória afetiva de muitos brasileiros", finalizaram.