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Cidades

Liberdade para escolher o que vestir em qualquer idade

Não há regras para adotar um estilo considerado “mais jovem” ou “descolado”, revelam especialistas


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Regras de estilo para mulheres em envelhecimento, como não poder mais ter cabelo longo, usar argolas ou preferir roupas com decotes, ficaram no passado. 

O tempo não precisa definir o que se deve vestir, defendem especialistas. A identidade, o conforto e a liberdade guiam o “novo guarda-roupa” das mulheres com mais de 40 anos.

O cenário é, contudo, desafiador. Ao perguntar aos homens e às mulheres “Você deixaria de usar algo porque envelheceu?”, em uma pesquisa do livro “A Invenção de Uma Bela Velhice”, a antropóloga Mirian Goldenberg constatou a relação entre os preconceitos de gênero e de idade: 96% delas disseram “sim”, contra apenas 9% deles.

O reforço dessa liberdade ao vestir, em que a idade não determina regras do que “pode” e “não pode”, é o caminho para o bem-estar feminino com a aparência durante o envelhecimento, defende a consultora de moda e imagem Jani Valença. 

“Agora, veio uma revolução. As mulheres estão entendendo que não precisam entrar em um padrão para agradar a ninguém. Cada vez mais, buscamos desenvolver o estilo pelas individualidades de cada uma. O importante é transmitir a identidade e ser feliz com o que quiser usar”.  

Não há regras, também, para adotar um estilo considerado “mais jovem” ou “descolado”, explica a consultora de imagem e marketing pessoal Janaina Gurgel. Liberdade é a palavra-chave e, quando a escolha por um estilo mais confortável é natural, não há qualquer problema, analisa. 

“Hoje, há mais liberdade com o estilo. O cabelo branco assumido e as modelagens ‘mais jovens’ se tornaram mais comuns, mas ainda existe um julgamento de que, com a idade, há peças inadequadas. Eu percebo que, em geral, as modelagens mais comportadas são escolhidas pela maioria pelo conforto, e está tudo bem”.

A psicóloga e professora da Ufes Claudia Murta analisa que atingir aparência das atrizes famosas pode ser  até  inalcançável. Romper os padrões estéticos, quando for o desejo, pode demonstrar a aceitação do processo de envelhecimento.    

“Pequenos gestos, como usar uma maquiagem mais ousada ou não pintar os cabelos, são significativos na relação das mulheres com a sociedade”.

Projetos, cuidados e família criam bem-estar

Imagem ilustrativa da imagem Liberdade para escolher o que vestir em qualquer idade
Maria Goretti Trancoso, 64 anos, concluiu dois cursos após os 50 |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A felicidade na velhice depende de um conjunto de atitudes e áreas da vida, dizem especialistas. Novos projetos profissionais e pessoais, uma boa vida social e o autocuidado com as emoções e a aparência podem criar novos sentidos e fortalecer a autoestima. 

Tanto que, para a antropóloga Mirian Goldenberg, a felicidade durante a velhice está relacionada a fatores como a capacidade de adaptação e a vida social, por exemplo. 

“O mais importante para ser feliz na velhice é construir a autonomia, o aprendizado, a amizade, a adaptação e a alegria de viver”.

Aos 56 anos, Maria Goretti Coelho Trancoso, atualmente com 64, deu uma reviravolta em sua vida e iniciou o sonhado curso de Psicanálise. Formada em Pedagogia, a psicanalista chegou a trabalhar como professora, mas descobriu a vocação para o desenvolvimento de pessoas em outra área. 

A vontade de adquirir novos conhecimentos só cresceu e, aos 58 anos, ela concluiu o curso de Terapia Familiar. 

O envolvimento com projetos que ama, o compartilhamento da vida com a família e o autocuidado deram novas perspectivas de vida à psicanalista. 

“Me sinto realizada e é gratificante saber que trabalho com o desenvolvimento das pessoas. Ouvimos  coisas ruins quando somos mais velhas e iniciamos um projeto, mas eu não me importo e busco fazer o que me satisfaz. Me encontrei e sou mais feliz”.

“Estou em uma nova etapa da vida!”

Imagem ilustrativa da imagem Liberdade para escolher o que vestir em qualquer idade
Martha Campos |  Foto: Fábio Nunes/AT

“Me sinto livre, solta, leve e o fundamental para mim é um belo sorriso no rosto, carinho, um abraço e muita positividade”.

É de forma contagiante que a empresária Martha Campos, 62, celebra a felicidade em sua nova etapa da vida, os 60. Após os 55, ela  se tornou  empresária. 

Quando se aposentou, os cuidados com a mente, a saúde e o bem-estar redobraram: ela ama estar em movimento e pratica muay thai e ciclismo. 

O novo guarda-roupa de Martha é atemporal, confortável e mais consciente, conta. 

“Meu estilo é um básico chique. Meu closet tem peças que conversam entre si. Estou em uma nova etapa da vida!”, explica.

Maioria teme o envelhecimento

Pesquisas

> 87% das mulheres acreditam que têm menos oportunidades do que os homens e se preocupam que o preconceito com a idade seja uma barreira profissional.

> Em geral, 92% dos brasileiros temem o envelhecimento por preocupação com a saúde e medo das limitações físicas. 

> Contudo, pode haver um aumento de felicidade para as mulheres com o envelhecimento: 67,5% delas afirmam que ficar mais velha tem sido melhor do que o esperado, principalmente pela autoconfiança, a experiência de vida e a capacidade de tomar melhores decisões.  

Mitos

> “Mulher não envelhece. Fica loira!”: Quem nunca ouviu essa frase? O que precisa ser levado é se a mulher deseja tornar-se loira. Não há regras para o que fica bom em determinada idade. 

> “Depois dos 40, toda mulher precisa ter cabelo curto”: Além do comprimento do cabelo, outras questões precisam ser levadas em consideração, de acordo com especialistas em moda e imagem pessoal. Altura, tipo físico, estilo, personalidade e desejo de imagem. Assim como há mulheres maduras com lindos cabelos curtos, há aquelas que se sentem melhor com “cabelão”. 

> “Cabelo grisalho envelhece muito”: O movimento de assumir os fios grisalhos tem crescido significativamente. Se o cabelo grisalho tiver um bom corte e acabamento, fica estiloso, autêntico e bonito. Uma das dicas para dar esse realce é caprichar nos acessórios para compor um  look mais interessante. 

> “Roupa curta não pode!”: Não há “pode” e “não pode”. Tudo depende da pessoa e como ela está usando as peças. Independentemente da idade, as roupas curtas estão aí e podem ser usadas em diferentes looks, com equilíbrio e criatividade. 

> “Mulher mais velha fica infantil usando tênis!”: Não mesmo! Mais uma vez, tudo depende de como a peça é utilizada na composição dos looks. Uma ótima opção é usar com peças em alfaiataria, como uma mistura entre um estilo mais elegante e um estilo mais básico.

Fonte: Especialistas consultados, Pfizer e Pearson. 

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