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Cidades

Ultrassom e contraste para “examinar” a Terceira Ponte

Cartão-postal capixaba, a ponte completa 33 anos nesta terça (23). “Check-ups” de rotina garantem manutenção e conserva


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Imagem ilustrativa da imagem Ultrassom e contraste para “examinar” a Terceira Ponte
Manutenção periódica garante conservação da ponte que completa 33 anos no dia 23. |  Foto: Divulgação

A estrutura metálica da Terceira Ponte passa por manutenção periódica que conta com o apoio de equipamentos de ultrassom e spray de líquido penetrante. Já os vãos de concreto tiveram cerca de duas mil amostras retiradas para ensaios e testes ao longo de 23 anos de concessão, incluindo técnicas como rapel e mergulho para acessar todos os pontos, embaixo d’água e ao longo de seus até 70 metros de altura.

É assim, como referência nacional em manutenção, que a Terceira  Ponte chega no próximo dia 23 ao 33º aniversário.

“Coincidentemente, acabamos de finalizar o trabalho de manutenção da estrutura metálica que avalia a solda das chapas que formam a estrutura da ponte e, ainda em agosto, vamos iniciar outra  intervenção importante: a manutenção subaquática, que tem o objetivo de avaliar a parte submersa dos pilares. É um trabalho  desenvolvido regularmente, respeitando normas e parâmetros técnicos e, muitas vezes, indo além, em busca de qualidade e assertividade, explica o engenheiro civil da Recuperação Engenharia, Jiancarlos Pagotto Coutinho.

Segundo ele, uma demonstração do propósito é a contratação do próprio engenheiro alemão, responsável pelo projeto e construção da estrutura metálica para coordenar a manutenção.

 Morando hoje em Minas Gerais, Jurn Maertens projetou o “esqueleto de aço” da ponte e acompanha a manutenção, presencial ou remotamente. 

“Maertens já esteve aqui várias vezes. Conhecendo a estrutura como seu projetista, ninguém melhor do que ele para contribuir de forma assertiva para a elaboração do plano de manutenção, que define os pontos que merecem mais atenção e cuidado. Depois dessa definição, os técnicos entram em cena para realizar os testes”, explica Jian.

Diretor-presidente da RodoSol e engenheiro, Geraldo Dadalto explica que o ultrassom da solda é utilizado dentro da mesma lógica do exame médico realizado em gestantes, por exemplo: amplia o olhar, permitindo “ver além da superfície”. 

O contraste segue a mesma linha. “O spray penetrante é vermelho. Fissuras discretas e invisíveis a olho nu ficam perceptíveis, principalmente, porque é utilizado também um spray branco para potencializar a cor vermelha”.

No caso do concreto, as manutenções periódicas realizadas ao longo dos 23 anos de concessão somam cerca de duas mil amostras, distribuídas entre 61 vãos, o que totaliza uma média de 33 ensaios por vão.

Inspeção com mergulhadores

Imagem ilustrativa da imagem Ultrassom e contraste para “examinar” a Terceira Ponte
Mergulhares se encarregam da manutenção da parte submersa dos pilares. |  Foto: Divulgação

Ainda no mês de agosto, a Terceira Ponte será alvo de mais uma manutenção. Dessa vez, para avaliar a parte dos pilares que fica submersa, mergulhadores especializados farão a inspeção, também realizada com regularidade pré-definida.

“No caso das estruturas submersas, o trabalho é realizado com apoio de um barco, equipamentos de mergulho e técnicos mergulhadores. Nessas inspeções, o objetivo é verificar a condição de conservação dos tubulões.Os resultados têm demonstrado boa conservação, mas o trabalho preventivo é fundamental para diminuir a necessidade de ações corretivas, garantindo, assim, maior vida útil para a estrutura", afirma Geraldo Dadalto. 

Quando se trata da manutenção da estrutura de concreto acima do nível do mar, amostras são retiradas com ajuda de uma plataforma aérea, uma espécie de "braço mecânico", que alcança até quinze metros de altura ou também por meio de rapel, dependendo do local a ser avaliado. 

As amostras do concreto são levadas para análise em laboratório. O contato da amostra com um componente químico revela até onde o concreto foi impactado por agentes corrosivos como a maresia, por exemplo. Os pontos que apresentam desgaste são revestidos de um material que protege o concreto novamente.  

O  trabalho é coordenado pelo engenheiro civil José Eduardo Aguiar, doutor em Patologia do Concreto e professor da disciplina de Patologia e Durabilidade de Estrutura de Concreto do Curso Avançado de Especialização em Construção Civil, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Manutenção da Terceira Ponte

Imagem ilustrativa da imagem Ultrassom e contraste para “examinar” a Terceira Ponte
112 mil m3 de concreto foram usados na construção da ponte |  Foto: Divulgação

> Estrutura metálica  

A estrutura é submetida a uma bateria de exames. A análise é realizada com auxílio de técnicas, que incluem o uso de equipamentos de ultrassonografia e de um líquido penetrante, informando se há necessidade de reparo nas soldas.  

> Rapel  

Quando o alvo da inspeção são os pilares da ponte, nos quais não é possível levar e utilizar toda a estrutura de equipamentos de manutenção, a alternativa é utilizar a técnica de rapel. 

> Debaixo d’água  

No caso das estruturas submersas, o trabalho é realizado com apoio de um barco, equipamentos de mergulho e técnicos mergulhadores. Nessas inspeções, o objetivo é verificar a condição de conservação dos tubulões. 

> Estrutura de concreto  

A manutenção da estrutura de concreto prevê a retirada de amostras destinadas para ensaios em laboratório.

> Pilares

Todos os 61 pilares da Terceira Ponte passam por inspeções e manutenções, tanto na parte externa quanto na parte submersa, na periodicidade recomendada nas normas técnicas. 

> Referência

1.300 estudantes e professores já participaram do Programa de Visitas da RodoSol entre 2014 e 2019.  Entre 2020 e 2021, as visitas foram suspensas por conta da pandemia. A Terceira Ponte é uma referência nacional em manutenção e conserva.

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