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Cidades

Pais e professores reclamam de insegurança nas escolas estaduais

Ladrões estão roubando televisores, fios elétricos e até merenda


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Prédios, casas e lojas parecem não ser mais o alvo número um de bandidos. Locais que antes eram invadidos para furtos agora perdem espaço para as escolas. De televisores e fios elétricos até botija de gás e merenda. Nada escapa das mãos dos ladrões, que estão aproveitando os horários em que não há vigilância para cometer os crimes. 

“Algumas escolas não têm segurança aos finais de semana e os criminosos estão aproveitando esse fato”, disse o deputado estadual Sérgio Majeski, que integra a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado.

Em Guarapari, na Escola Estadual Zenóbia Leão, no bairro São Judas Tadeu, criminosos invadiram as dependências do colégio e roubaram 10 televisores de 50 polegadas este ano.

Imagem ilustrativa da imagem Pais e professores reclamam de insegurança nas escolas estaduais
Escola Zenóbia Leão, em Guarapari, teve 10 televisores roubados |  Foto: Roberta Bourguignon/AT

Segundo um professor da escola, que preferiu não se identificar, os roubos aconteceram em dois momentos. Ele acredita que se novas TVs forem instaladas, serão roubadas novamente. 

“A vigilância noturna foi implantada pelo tempo provisório de 45 dias após cinco TVs serem roubadas. Retiraram a vigilância, passaram uma ou duas semanas e roubaram mais cinco TVs. Nesse mesmo dia mexeram em fios, usaram drogas na escola. E se colocarem novas TVs, vão roubar de novo”, frisou o professor.  

Para ele, as informações sobre objetos de valor que a escola possui fazem parte de quem convive no ambiente escolar.  

“Vemos que quem passa as informações das TVs são os alunos que mexem com coisa errada. Infelizmente, passam as informações para os noias, criminosos, que entram na escola. Já roubaram botija de gás, fio, roubam merenda”, disse ele.

Diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Adriano Albertino destaca a importância da segurança na escola. “A comunidade escolar fica prejudicada, tanto os professores quanto os alunos. Falta segurança, isso é muito importante e precisa ser debatido”, declarou Albertino.  

O pai de um estudante de 16 anos, que não quis se identificar, destacou que fica com medo até da filha levar celular para a escola. “Peço para ela não levar, e venho trazer ela de bicicleta todos os dias. Dentro da escola temos relatos de muitos registros de furtos e, para evitarmos problemas, preferimos assim. É importante a vigilância na escola”, disse.

Fios e até merenda são furtados em escolas

Os criminosos que estão invadindo escolas no Estado não estão deixando escapar nada. Em algumas unidades, além de fios de energia elétrica eles furtaram até a merenda dos alunos.

Na Escola Municipal Presidente Costa e Silva, na Praia do Morro, em Guarapari, o alvo foram os fios de energia elétrica e peças de alumínio. A unidade de ensino ainda está em obras, e os criminosos foram flagrados e presos saindo da escola com o material roubado. 

Os dois foram vistos por policiais civis que estavam em deslocamento para a Delegacia Regional do município, que fica próxima à escola. 

“Quando saíram, os indivíduos estavam carregando uma mochila. Os policiais fizeram a abordagem e, dentro da bolsa, encontraram uma faca, um alicate e uma chave Philips, usados para fazer a remoção dos fios. Com os suspeitos, os policiais também encontraram oito quilos de fios de cobre e um quilo de peças de alumínio, retirados da obra da escola”, relatou o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues. 

Já na Escola Municipal Evandra Chaves de Oliveira, que fica no Assentamento Três Corações, no distrito de Vila Paulista, Barra de São Francisco, Noroeste do Espírito Santo, os ladrões levaram materiais escolares, utensílios de cozinha, produtos de limpeza e até a merenda dos alunos. 

Para o deputado estadual Sérgio Majeski, que integra a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado, é necessário um reforço na equipe de seguranças das instituições.


CASOS


“A insegurança está demais”

Imagem ilustrativa da imagem Pais e professores reclamam de insegurança nas escolas estaduais
A zeladora Edna Lotério fica com medo do filho ser abordado na porta do colégio |  Foto: Roberta Bourguignon/AT

A zeladora Edna Lotério, de 45 anos, sai do serviço às 18h e fica esperando o filho de 17 anos sair da Escola Estadual Zenóbia Leão, no bairro São Judas Tadeu, em Guarapari. É que com tantos roubos dentro da escola, a mãe fica com medo do filho ser abordado na porta do colégio também.

“Eu fico com medo dessa insegurança. É muito deserto aqui. Se tivéssemos mais policiamento traria uma sensação de segurança maior para a gente. A gente sai de casa e não sabe se volta. A insegurança está demais. E eu prefiro esperar meu filho aqui, para sairmos mais rápido”, conta a mãe.

Invasão em Marechal

Uma escola estadual que fica em Marechal Floriano, região de montanhas, foi invadida por criminosos que além de revirarem toda a instituição, furtaram 60 notebooks. No dia do crime, em agosto do ano passado, os alunos precisaram voltar para suas casas e ficaram sem aulas.

O caso aconteceu na Escola Estadual Victório Bravim, em Araguaia, distrito de Marechal. A instituição possui circuito de monitoramento, mas as câmeras foram arrancadas pelos criminosos.

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