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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Dinheiro traz felicidade, ou a felicidade é que traz o dinheiro?

Jornal A Tribuna | 27/03/2022, 15:04 h | Atualizado em 27/03/2022, 15:05

Nunca se falou tanto sobre felicidade. Mas como ter uma vida mais feliz em um momento como o que estamos vivendo? Mudar a forma como enxergamos as coisas é fundamental.

Uma das mudanças necessárias mais urgentes é a forma como a nossa sociedade confunde status, sucesso e riqueza com felicidade. Porém, antes, é preciso entender o conceito de felicidade, que não é sinônimo de alegria. 

Alegria é uma emoção passageira e depende de um estímulo externo. Felicidade é diferente, é um estado de ser. Uma forma como se enxerga a vida e os acontecimentos. É quase uma filosofia de vida, na qual aceitamos que ser uma pessoa feliz é possível, mesmo passando por momentos desafiadores e tristes.

Partindo desse princípio, vamos refletir sobre o dinheiro ser capaz de trazer felicidade?

O dinheiro pode trazer muitas coisas boas para nossa vida: conforto, experiências, uma sensação de tranquilidade e segurança. Nos permite ter acesso a certos luxos que, para a maioria das pessoas, é associado à felicidade. Vivemos a cultura do ter, muito mais do que a do ser, e o valor de uma pessoa é medido pelo que ela tem ou pelo que ela parece ter.

Rendimentos elevados levam a um aumento de felicidade. Mas ele é inicial e momentâneo. Quando todas as necessidades básicas são atendidas, como saúde, moradia, alimentação, segurança, educação, ter muito dinheiro impacta menos sobre a felicidade. Ou seja: dinheiro não garante a felicidade, mas sua ausência a prejudica.

Entretanto, o que os estudos científicos vêm mostrando é que focar no materialismo em detrimento de relacionamentos ou de propósito na vida é uma receita para a infelicidade. Quanto mais as pessoas valorizam valores extrínsecos, como status, posses, ou aparência, mais infeliz ela é. 

Existem quatro motivos para isso: essas pessoas sofrem com a ansiedade de referência, por julgarem a vida e os bens em comparação aos outros. Essa é uma esteira rolante da adaptação hedônica, ou seja, coisas maravilhosas são maravilhosas na primeira vez que acontecem, mas sua fascinação acaba à medida em que se repetem. Elas vivem constantemente o paradoxo da escolha, pois o excesso de escolhas, na verdade, diminui a satisfação. E existe um preço a ser pago ao se trocar conexões e propósito por dinheiro.

Um dos segredos da felicidade não é o quanto você ganha, mas a forma como você gasta seu dinheiro. Por exemplo, você pode escolher usar seu dinheiro para ajudar ao próximo. Ou não.

A maior surpresa dessa equação é: a felicidade que potencializa a capacidade de fazer dinheiro. Shawn Achor, professor de Harvard, descobriu que não é o sucesso que traz felicidade, é a felicidade que traz o sucesso. Ele provou, inclusive, que pessoas mais felizes têm mais chances de obter sucesso profissional.

Pessoas mais felizes são mais engajadas, mais criativas, inovadoras, produtivas, resilientes, colaboram mais entre os pares, tomam melhores decisões. Podemos dizer que a felicidade é, certamente, a maior riqueza que podemos acumular em nossas vidas. 

FLÁVIA DA VEIGA  é fundadora da BeHappier, especialista na Ciência da Felicidade.

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