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Cidades

Conheça a história dos três irmãos que viraram padres

Em oração, o pai pedia que surgisse vocação sacerdotal na família. Foi atendido e viu três dos seus filhos se tornarem sacerdotes


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Imagem ilustrativa da imagem Conheça a história dos três irmãos que viraram padres
Ao lado de padre Carlos, padre Celso mostra a foto do irmão deles que atua na Argentina, o jesuíta padre Tarcísio |  Foto: Fábio Nunes/AT

Todas as noites, Carlos Reguera Nogueira colocava em suas orações o pedido para a vocação sacerdotal surgir em sua família. Com seis filhos – quatro meninos e duas meninas – , ele perdeu a mulher quando as crianças ainda era bem novas e continuou com as súplicas sem dizer a ninguém. 

O tempo passou, as crianças cresceram e suas preces foram atendidas: três filhos viraram padres. O pároco da Paróquia São Francisco de Assis, em Jardim da Penha, Vitória, padre Celso Pôrto Nogueira, é um dos filhos de seu Carlos. Ele celebrou uma missa na última quarta-feira, em comemoração aos 20 anos de ordenação. 

Padre Celso conta que a família é natural da cidade de Porto Alegre (RS) e que a vocação  surgiu de forma diferente entre os três irmãos. 

Na infância, o menino Celso, por exemplo, dizia   querer  ser padre, mas isso foi esquecido na adolescência, fase em que  chegou a ter  uma banda de rock de garagem. O desejo pelo sacerdócio  só voltou quando entrou na universidade.

“Eu era, como toda criança, muito bagunceiro na escola, e o pessoal vivia me cobrando. Diziam: ‘Como   alguém que quer ser padre faz tanta bagunça?’ Comecei a dizer: ‘Olha, esse negócio de ser padre já não está dando certo. Tenho de escolher entre ser bagunceiro ou padre’. Decidi ser bagunceiro, na época”, brinca. 

Já padre Tarcísio, o mais velho entre os três irmãos sacerdotes, foi o primeiro a seguir o caminho do seminário. Desde muito novo, era estudioso e sério, como conta padre Celso.   

Padre Carlos, por sua vez, tomou a decisão de forma mais repentina do que os irmãos. Ele trabalhou em um banco antes de se tornar  sacerdote. “É uma alegria, um mistério de Deus na nossa vida. É um mistério de amor, misericórdia. Ele nos chama para servir o povo de Deus no âmbito da fé”, afirmou ele, que atua na Arquidiocese de São Sebastião, no Rio de Janeiro. 

Após tantos pedidos para que alguém da família seguisse a vida sacerdotal,  seu Carlos, aos 89 anos, sente orgulho do caminho escolhido pelos filhos padres.

“Eu era vocalista na banda de rock”

A Tribuna – O pai do senhor pedia em orações para alguém ser sacerdote?

Padre Celso Pôrto – Meu pai nunca fez propaganda da vocação. Ele nunca nos disse assim ‘olha, seria uma coisa muito boa se um de vocês fosse padre’. Depois que contei para ele que iria entrar no seminário, ele me contou que, quando   rezava à noite, com minha mãe, eles pediam para que surgissem vocações de sacerdote na família. 

Quando minha mãe faleceu, ele continuou fazendo por conta própria essa oração todos os dias.

Como o senhor e seu irmão, padre Carlos, decidiram entrar para o seminário?

Comecei a pensar na vocação no final da faculdade e meu irmão só teve a ideia de ser padre um ano antes. Para ele, foi uma coisa relâmpago. Entramos juntos, mas, por várias circunstâncias, acabei me ordenando antes.

O senhor fez parte de uma banda de rock?

Tínhamos uma banda de rock de garagem, a gente participou de alguns festivais, na adolescência. Na época de faculdade, nas férias, eu ia para esses barzinhos que têm música ao vivo e tocava música ao vivo.  Eu era vocalista na banda e meu irmão (Carlos) tocava guitarra.

Qual era o nome da banda?

A banda chegou a ter diversos nomes. Acho que o nome que ficou por mais tempo foi algo como “Cárcere”, alguma coisa assim. Aquelas coisas de adolescentes.

Qual mensagem gostaria de deixar  para as pessoas neste Natal?

Eu diria para as pessoas que tenham prudência com relação às festas de Natal e aproveitem esta maior  simplicidade da festa para refletir sobre o primeiro Natal,   feito numa simplicidade total. 

O menino na manjedoura, rodeado dos poucos pastores,  lembra que o Natal, antes de ser uma festa, talvez do desperdício da embriaguez, tem como conteúdo verdadeiro ser uma festa da simplicidade, do amor, da família e da paz.

Imagem ilustrativa da imagem Conheça a história dos três irmãos que viraram padres
Padre Celso durante missa em Vitória: “O Natal tem como conteúdo verdadeiro ser uma festa da simplicidade, do amor, da família e da paz” |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quem são eles


Pe. Tarcísio Pôrto Nogueira

Idade: 55 anos. 

  • É Doutor em Filosofia pela Universidade de Madri, na Espanha.
  • Foi o primeiro dos irmãos a ser ordenado padre. Ele foi ordenado na Argentina, em 1990. 
  • Faz parte da Ordem Jesuíta, em Córdoba, Argentina.
  • Também dá aula de  Filosofia.

Padre Celso Pôrto Nogueira

Idade: 52 anos. 

  • Formado em Comunicação Social, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Entrou no seminário em 1994, em Curitiba (PR). 
  • Foi ordenado padre na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, Itália, em 22 de dezembro de 2001. 

Padre Carlos Pôrto Nogueira

Idade: 53 anos. 

  • Formado em Filosofia e Teologia   pela Universidade de Roma.  
  • Chegou a iniciar  Química, mas não concluiu o curso. 
  • Trabalhou por 4 anos no Banco do Estado do Rio Grande do Sul antes de seguir para o seminário,  em 1994.
  • Foi ordenado em 26 de janeiro de 2008 e atua na Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Fonte: Padres Celso e Carlos Pôrto Nogueira

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