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Cidades

Após período de chuvas, caramujos africanos voltam a aparecer na Praia de Camburi

Segundo a prefeitura, uma equipe do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental já esteve no local


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Imagem ilustrativa da imagem Após período de chuvas, caramujos africanos voltam a aparecer na Praia de Camburi
Servidor realiza retirada de caramujos africanos da orla de Camburi |  Foto: Divulgação/Prefeitura de Vitória | Reprodução/TV Tribuna

Após vários dias de chuva no Estado, moradores têm reclamado do reaparecimento dos caramujos africanos, na Praia de Camburi, em Vitória. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), a equipe do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental de Vitória esteve no local, nesta segunda-feira (06), e realizou a vistoria e tratamento para controle dos caramujos.

Segundo a Semus, a orientação é que não se deve tocar no bicho e que, ao encontrar uma infestação, o morador deve entrar em contato com a prefeitura por meio do número 156 para receber outras orientações.

"O atendimento de demandas sobre infestação de caramujos envolve orientação a população, catação manual em áreas públicas infestadas e, em último caso, aplicação de produtos químicos em áreas públicas para controlar grandes quantidades de caramujos", disse a secretaria.

O que é o "caramujo africano"?

Mestrando em Biologia Animal pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o biólogo Daniel Motta explicou que o nome científico da espécie é Achatina fulica, mas que ela é popularmente conhecida como "caramujo gigante africano", mesmo que, na verdade, seja um caracol.

"O molusco foi introduzido ilegalmente no Brasil, na década de 80, como opção ao francês escargot, considerado por alguns, como uma iguaria culinária, mas não obteve sucesso, então os criadouros foram abandonados e os animais descartados de forma errada na natureza", disse Motta. 

Além de não fazer parte do nosso ecossistema, o biólogo reforçou ainda que o caracol se reproduz descontroladamente.

"É um animal exótico invasor, ou seja, está fora do seu habitat original e se plorifera descontroladamente, sendo uma ameaça ao ecossistema. Eles são hermafroditas, tendo dois aparelhos reprodutores funcionais e produzindo dois gametas no mesmo corpo. Desse modo, se havia mil deles em um local e 999 são eliminados,  sobrando apenas um, ainda assim eles conseguem repovoar", explicou.

Outro problema, segundo Motta, são as doenças transmitidas pelo caracol. "Eles transmitem doenças após se infectarem com fezes de ratos, já que comem de tudo, até plástico".

Entre as doenças estão: a "angiostrongilíase abdominal", que tem a capacidade de infectar os humanos a partir de um verme que pode ser deixado nas fezes desses caracóis; e a angiostrongilíase meningoencefálica, um tipo de meningite. 

Como acontece a contaminação

  1. Um rato infectado deixa fezes com larvas no local;
  2. O "caramujo" come as fezes contaminadas e as larvas desenvolvem dentro dele;
  3. Essas larvas se tornam adultas e põe novos ovos que vão eclodir e gerar larvas, e sairão junto com as fezes do caramujo;
  4. Vertebrado (homem ou rato) será o hospedeiro final, podendo desenvolver as doenças.

Proteção

De acordo com Daniel Motta, as principais medidas de proteção, inicialmente, são: evitar pisar nestes animais e jamais tocá-los sem luvas. Isso porque, "se ele estiver ovado e for pisado, à medida que a pessoa vai se deslocando pode ir espalhando os ovos", afirmou.

Ainda segundo o biólogo, a medida mais eficaz para retirar esses moluscos ainda é de forma manual, com luvas. "Tal procedimento deve ser realizado no início da manhã ou no final da tarde, já que eles evitam uma maior incidência solar. O descarte pode ser realizado colocando os caracóis em uma solução de água e sal por uma semana, causando um choque osmótico, e matando os adultos e seus ovos", finalizou.

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