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Saúde

“A cannabis veio para revolucionar a medicina”, afirma médico

Marc Stork diz que os remédios produzidos com a planta podem ser usados em doenças como epilepsia, Parkinson e Alzheimer


Imagem ilustrativa da imagem “A cannabis veio para revolucionar a medicina”, afirma médico
Marc Storck disse que há um novo fitoterápico à base de cannabis que pode ser diluído em água, suco, chá e café |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Por milhares de anos, a cannabis tem desempenhado papéis diversos na história da humanidade. O primeiro registro de uso da planta com fins terapêuticos é descrito no antigo Império Chinês. Devido aos estigmas, seu uso medicinal foi diminuindo.

Porém, nas últimas décadas, cientistas e profissionais de saúde estão explorando o potencial medicinal da planta para o tratamento de condições médicas que vão desde dor crônica, epilepsia e até distúrbios do sono. Para o médico Marc Storck, “a cannabis veio para revolucionar a medicina”.

O médico abordou o assunto, durante a 1ª edição do Expolife, que aconteceu na última semana, em Vitória, falando sobre um novo fitoterápico à base de cannabis, na versão hidrossolúvel, com capacidade até 10 vezes maior do que a versão em óleo.

A Tribuna- Há novos fitoterápicos à base de cannabis?

Marc Storck- A cannabis medicinal tem sido usada há algum tempo para o tratamento de inúmeras doenças que precisam de um componente regulatório. Ou seja, fomos acostumados, por exemplo, na ocorrência de pressão alta um remédio para baixar a pressão. Temos de trabalhar a ideia de regular a pressão. E é isso que o sistema endocanabinoide faz em nosso corpo, ele regula.

Apesar de terem vários fitocanabinoides de destaque, como THC (tetraidrocanabinol), CBG (canabigerol), CBN (canabinol) e CBD (canabidiol), tratando milhares de pessoas no mundo inteiro, eles sempre foram ofertados na forma de óleo. Quem tirou a vesícula, por exemplo, não consegue absorver direito.

A partir de uma estratégia de nanotecnologia, ou seja, partículas muito pequenas, agora essas moléculas são oferecidas em versão hidrossolúvel. O canabidiol agora pode ser diluído em água, suco, chá e até em um café.

Qual impacto que essa nova versão traz para quem depende do tratamento?

Imagem ilustrativa da imagem “A cannabis veio para revolucionar a medicina”, afirma médico
Medicamento de cannabis |  Foto: Divulgação

Consigo ter uma absorção de seis a 10 vezes maior. Isso é uma novidade, não tínhamos isso no mercado brasileiro. E apesar de ser importado, a receita é não controlada, não é preciso reter a receita. O hidrossolúvel, apesar de agregar mais tecnologia, tem um custo menor.

Há quanto tempo a nova versão está disponível no Brasil?

Ela adentrou, inicialmente, há menos de dois anos, sendo usada por um número pequeno de pessoas. Hoje, avança, tendo em vista o mapa de evidências científicas do uso da cannabis medicinal. Esse mapa é recente, sendo uma publicação-síntese de 149 trabalhos científicos do mundo inteiro, que consolidam, a partir de pesquisas de alto nível e ensaios clínicos com seres humanos, uma utilização segura e eficiente para um grande número de doenças.

Hoje, no Brasil, para pacientes terem acesso aos medicamentos fitoterápicos à base de cannabis ainda há um processo?

Já acabou essa dificuldade burocrática. Como ninguém no mundo morreu por overdose de cannabis medicinal, se mostra segura. No Brasil ainda temos muito preconceito com a cannabis medicinal. A tradição europeia de uso está mais consolidada, assim como a africana e oriental. Uma parte desse preconceito instituído e instalado vem se diluindo pelos benefícios.

Para quais doenças o uso da cannabis medicinal pode trazer benefícios ao tratamento?

Temos um leque, como epilepsia, dor crônica, artrite reumatoide, ansiedade, depressão, inclusive a dor do câncer. Praticamente todas as doenças neurodegenerativas podem se beneficiar, como Parkinson, Alzheimer, demência senil e esclerose múltipla.

É uma lista quase interminável de doenças, que tendem a aumentar em frequência, tendo em vista que a população está envelhecendo. Com a expectativa de vida aumentando, o número de doenças que ocorrem em nosso organismo por desregulação aumenta.

O uso desse tipo de fitoterápico é “para sempre”?

Não tem essa regra de tomar o resto da vida, a não ser que as sequelas sejam muito graves.

Existem efeitos adversos? Há risco de vício?

À medida que tenho um agente da natureza que não gera dependência química, por isso não preciso de uma receita controlada, isso já demonstra, por ser um fitofármaco regulado no Brasil pela Anvisa, que é seguro. Sobre os efeitos colaterais, se tomado em dose excessiva, uma overdose, pode ter um discreto enjoo. Isso é computado por nós, médicos, como efeito colateral.

Você fala que é muito mais fácil de adquirir. Quais cuidados o paciente precisa ter?

Qualquer que seja o canabinoide, deve ser adquirido a partir da prescrição de médico ou dentista, que são os profissionais habilitados para prescrição, e que o paciente tenha acompanhamento.

Não existe a lógica exata de ter um tratamento para o resto da vida se não há sequelas estabelecidas. Um detalhe importante: num primeiro momento o paciente pode precisar de um pouco mais de gotas e depois isso vai reduzindo drasticamente.

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