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Saúde

Pacientes usam até ChatGPT para fazer terapia. Psicólogos alertam para os perigos

Pesquisa aponta que um em cada 10 brasileiros recorre a chats de inteligência artificial para desabafar


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Imagem ilustrativa da imagem Pacientes usam até ChatGPT para fazer terapia. Psicólogos alertam para os perigos
Uso de inteligência artificial para fazer terapia pode colocar o paciente em risco, alertam psicólogos | Foto: Freepik

O uso de chatbots de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, em tarefas profissionais e até do dia a dia tem se tornado cada vez mais comum. Mas essas ferramentas estão indo além. Elas também têm “ocupado” o lugar de psicólogos.

Uma pesquisa realizada pela Talk Inc. com mil pessoas maiores de 18 anos no País, no ano passado, apontou que um em cada 10 brasileiros recorre a chats de inteligência artificial para desabafar, buscar conselhos ou apenas conversar.

Usuários do “terapeuta GPT” têm compartilhado nas redes sociais como usam a plataforma para “sessões de terapia”. Porém, especialistas alertam para essa prática.

“Não há regulamentação alguma quando falamos sobre acompanhamento psicoterapêutico, terapia ou qualquer outro nome que venha a dar nesse sentido para esse tipo de prática mediada por inteligência artificial”, alerta o presidente do Conselho Regional de Psicologia da 16ª Região (CRP-16/ES), Thiago Pereira.

Outro risco pontuado por Thiago é que, por mais avançada que a IA possa chegar, ela vai estabelecer respostas padronizadas e que não, necessariamente, vão atender à necessidade da pessoa. “Há um risco muito grande de homogeneizar as intervenções, mas as situações são muito únicas e cada pessoa vivencia as suas experiências de maneira muito singular”.

Ele alerta ainda que os chatbots dão respostas programadas dentro do que é fornecido por seu banco de dados pela rede.

“Então, a pessoa pode vir a receber uma resposta para um determinado tipo de sofrimento psíquico e aquele sofrimento ser compreendido de uma maneira totalmente distorcida de sua realidade”.

Na avaliação do psicólogo Patric Barbosa, quem busca “terapia” dentro dos chatbots está à procura de uma resposta dentro daquilo que elas entendem que é o certo.

“Elas não estão buscando terapia, não estão buscando um confronto, não estão buscando uma tomada de consciência ou uma ressignificação. Elas buscam uma autoafirmação, procuram por algo que vai responder aquilo que está programado, aquilo que elas entendem que vai ser o certo”.

Para a psicóloga Karla Cardozo, o mais perigoso é que em situações graves, como pensamentos suicidas ou crises de ansiedade intensas, a interação com a IA pode não oferecer o suporte adequado, colocando a pessoa em uma situação de risco. “É muito importante educar as pessoas sobre os limites dessas tecnologias e promover o acesso a serviços de saúde mental qualificados”.

Depoimentos

Dicas para usar IA

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Influenciadora Sarah Costa ensina a como usar ferramenta em vídeo do TikTok | Foto: Reprodução/Redes sociais

A influenciadora Sarah Costa contou em seu perfil no TikTok que faz “terapia” pelo ChatGPT. Ela ainda explicou aos seus seguidores como usar a ferramenta de inteligência artificial para “substituir” sessões com profissionais de psicologia.

“Você primeiro explica para ele que quer fazer uma sessão de terapia. Eu pedi para usar a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental), que é a que eu mais gosto. Mas você pode pedir para ele te indicar qual a melhor abordagem para você, de acordo com a sua vida”, contou em sua rede social.

Momento de desespero

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Estudante já usou o ChatGPT durante uma crise | Foto: Freepik

Enfrentando crises de ansiedade desde a pré-adolescência, a estudante paulista Carolina Moura Lima, de 25 anos, contou ao Estadão que já usou o ChatGPT como “psicólogo”. “Não sei como essa ideia veio, mas acho que foi em um momento de desespero. Pensei nele em uma crise, por falta de opção”, afirmou a estudante, que parou com as sessões de terapia em agosto do ano passado, por falta de dinheiro.

Carolina destacou que um terapeuta humano será sempre sua principal escolha, mas avalia que a tecnologia funciona em momentos de crise.

Opiniões

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