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Saúde

Onda de calor: alerta para risco de entrar em carro quente

Temperatura dentro do automóvel pode chegar a 50ºC, fazendo com que gases tóxicos sejam liberados dos materiais de fabricação do veículo


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Imagem ilustrativa da imagem Onda de calor: alerta para risco de entrar em carro quente
Karla Donatelli toma cuidados ao estacionar carro no sol por causa de filha | Foto: Fábio Nunes/AT

Voltar para o carro depois de deixá-lo estacionado sob o sol por longo período pode trazer sérios riscos para a saúde.

A temperatura no interior do veículo pode chegar a 50ºC ou mais, dependendo da região e da estação do ano, fazendo com que gases tóxicos sejam liberados dos materiais utilizados na fabricação do veículo.

Especialistas afirmam que esses gases podem causar desde irritação na pele, lesões na mucosa, conjuntivite química a alterações no sistema nervoso central.

Em exposições crônicas, até perda da audição e má-formação fetal, entre outros males. No caso de carros novos até aproximadamente seis meses de uso, essa concentração é ainda maior.

A pneumologista Cilea Martins explica que esses gases são extremamente nocivos à saúde e chegam até a reduzir a concentração do indivíduo na atividade que ele está desenvolvendo.

“O carro vira uma verdadeira estufa. As altas temperaturas aquecem partes do carro e liberam toxinas no ar, criando uma explosão de gases”, disse Cilea Martins.

A pneumologista explica que o ar quente que entra nas vias aéreas pode conter monóxido de carbono e outros gases tóxicos e causar, inclusive, infecções respiratórias.

“Em carros novos, tecidos como couro e em cores escuras (preto, grafite) retêm ainda mais calor, intensificando a formação de gases tóxicos. Entrar em um carro nessas condições pode causar desidratação, lesões neurológicas em crianças pequenas, e, em gestantes, problemas que podem se tornar irreversíveis”.

Caso o motorista não tenha tido alternativa e teve que estacionar ao sol, para evitar a intoxicação pelos gases provenientes do aquecimento do carro, recomenda-se abrir o carro com antecedência, ligar o ar-condicionado e a ventilação com as janelas bem abertas.

Ar-condicionado

A pneumologista Karina Tavares Oliveira ressalta que a formação desses gases está ligada principalmente ao ar-condicionado.

“Quando entramos no carro quente, ligamos logo o ar. E ele exala um vapor/ar muito quente até que se resfrie e pegue ar do ambiente externo. Então, ao chegar no carro, que está no sol há muitas horas, recomenda-se abrir vidros e até as portas. Ligue o carro e deixe a ventilação no máximo, para sair dos dutos o ar ali acumulado”, disse a especialista.

Estacionar na sombra e truques da mãe

A dona de casa Kamila Donatelli, de 36 anos, evita expôr a filha Larissa, de 9 meses, ao calor extremo. Sempre que vai sair de carro com a pequena, opta por estacionar o automóvel na sombra e, ao retornar, abre logo as janelas e liga o ar para retirar o vapor quente de dentro, só depois entra com a Larissa.

“Procuro sempre que possível parar na sombra. Quando está muito quente, abro as janelas e ligo o carro antes de colocar ela”.

Além disso, ela conta outro “truque de mãe”: “Quando o carro vai ficar muito tempo parado, exposto ao sol, coloco uma toalha por cima das cadeirinhas para que ela não fique muito quente e as travas do cinto não machuquem quando retornarmos ao veículo”, conta Kamila.

Opiniões

Imagem ilustrativa da imagem Onda de calor: alerta para risco de entrar em carro quente
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Saiba mais

Temperatura

Em cidades quentes ou durante períodos de sol intenso, a temperatura dentro dos carros pode ultrapassar 40 graus, criando uma sensação térmica insuportável.

Mesmo em cidades menos quentes, o aumento da radiação solar, a menor ocorrência de chuvas refrescantes e os padrões climáticos extremos tornam os carros uma verdadeira bomba para o organismo.

Gases

Na fabricação de um carro, são utilizados diversos materiais, a maioria oriunda do petróleo. Com o calor, diversos gases são liberados e podem fazer mal à saúde.

Em uma montadora, os trabalhadores utilizam máscaras e outros equipamentos de proteção para que não sejam afetados, o que não acontece no dia a dia com condutores e acompanhantes.

Os carros novos, tecidos como couro e cores escuras (preto, grafite) retêm ainda mais calor, intensificando a formação de gases tóxicos.

Efeitos

Os vapores tóxicos podem causar irritação na pele, lesões na mucosa, conjuntivite química a alterações no sistema nervoso central. Em exposições crônicas, até perda da audição e má-formação fetal, entre outros males. No caso de carros novos até cerca de seis meses de uso, essa concentração é ainda maior.

Cigarro

Fumar dentro do carro agrava a toxicidade do ambiente, especialmente em altas temperaturas. O cigarro tradicional contém mais de duas mil substâncias nocivas, e associá-las aos gases gerados pelo calor no carro torna o ambiente ainda mais prejudicial.

Cuidados

Antes de entrar no veículo, abra as portas e janelas e deixe ventilar por cerca de cinco minutos. Depois, grande parte dos gases se dissipa.

Ao entrar no veículo, continue com as janelas abertas por mais 15 minutos. Se desejar ligar o ar-condicionado, permaneça com os vidros abaixados pelo mesmo prazo. Passados os 15 minutos, as janelas poderão ser fechadas sem oferecer mais riscos.

Procure estacionar em locais cobertos ou utilizem proteção de para-brisa. Esse protetor, normalmente espelhado, reflete a luz solar e impede que o carro absorva tanto calor.

Hidrate-se regularmente, principalmente em viagens longas ou com crianças e idosos. Utilize compressas de água gelada nos pulsos, pernas ou cabeça para ajudar na regulação da temperatura corporal.

Estufa

O calor dentro do veículo pode ocasionar cefaleia (dor de cabeça), câimbras, rinites, febre, sensação de falta de ar, desmaio, convulsão, insolação, queda de consciência, insuficiência renal, lesões na pele, envelhecimento precoce e até câncer e estado de coma.

Quanto maior a exposição, maior a temperatura, maior a concentração de vapores.

Fonte: Especialistas citados na reportagem.

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