Diminuem os casos de dengue, mas aumentam os de gripe no ES

De acordo com especialistas, é esperada a alta de casos de doenças respiratórias durante o outono e inverno

Camila Lima, do jornal A Tribuna | 11/04/2024, 13:12 13:12 h | Atualizado em 11/04/2024, 13:12

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Diminuem-os-casos-de-dengue-mas-aumentam-os-de-gri0017587300202404111312/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FDiminuem-os-casos-de-dengue-mas-aumentam-os-de-gri0017587300202404111312.jpg%3Fxid%3D778513&xid=778513 600w, Mulher gripada: boletim da Fiocruz mostra que o Espírito Santo está entre os estados com crescimento da doença

Após diversas semanas com alta de casos de dengue, o Espírito Santo apresenta tendência de queda no registro da doença. Na 13ª semana epidemiológica foram 3.774 confirmações, enquanto na 14ª o número caiu para 2.650. Nesta semana, que representa a 15ª, até o momento, foram 267 casos confirmados.

Se por um lado a dengue tem dado trégua, há um aumento nos casos de gripe. O novo Boletim do InfoGripe, divulgado pela Fiocruz na semana passada, mostra que o Espírito Santo está entre os estados com crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), por influenza A (gripe) e vírus sincicial respiratório (VSR).

A análise feita pela Fiocruz é referente à Semana Epidemiológica 13, de 24 a 30 de março, apontando ainda que o aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em 2023, até a semana epidemiológica 14, foram registrados 48 casos de SRAG. Já em 2024, até a semana epidemiológica 14, foram notificados 56 casos de SRAG.

Em relação à redução nos casos de dengue, a infectologista Martina Zanotti explica que a epidemia da dengue chegou a um pico, com muitos casos, e agora, como é esperado, há redução.

“Ainda temos muitos casos, mas, como todos os anos, é natural que eles regridam”, afirmou.

Já no caso da gripe, segundo Martina, é esperada a alta de casos durante o outono e inverno. “Esse ano, os casos de gripe começaram um pouco mais precoce, no início do outono, com muitos casos. Temos visto também mais notificações de covid-19”, alerta.

A infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no Estado, Ana Paula Burian, lembra que a vacinação da gripe acontece justamente quando começam a aumentar os casos da doença, tendo como objetivo a prevenção. A médica alerta que quanto ao VSR, os extremos de idade, criança e idosos, têm chances de ter a doença na forma mais grave.

“É importante as pessoas saberem que para gripe e covid tem vacina. Para o VSR estão chegando agora vacinas que estão sendo estudadas há muitos anos. No início de maio devemos ter o lançamento oficial da vacina da Pfizer contra o VSR que serve para idoso e gestante, protegendo o bebê”.

Saiba mais

Casos de dengue- Semana e quantidade

11ª- 7.193

12ª- 5.820

13ª- 3.774

14ª- 2.650

15ª*- 267 (*período entre os dias 7 e 13 de abril)

Atendimento

Ao sentir os sintomas da dengue, como febre, náuseas e dor de cabeça, as pessoas devem aumentar a hidratação e procurar uma unidade de saúde.

Casos de gripe

O novo Boletim do InfoGripe, divulgado pela Fiocruz na semana passada, mostra que o Espírito Santo está entre os estados com crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

De acordo com a Fiocruz, nas últimas semanas o Estado apresentou probabilidade de crescimento nos casos de gripe maior que 95%.

Em 2023, até a semana epidemiológica 14, foram registrados 48 casos de SRAG. Já em 2024, até a semana epidemiológica 14, foram notificados 56 casos de SRAG.

Vacinação

Neste sábado (13), a Sesa informou que haverá o dia D de vacinação contra a influenza.

Podem se vacinar: crianças de 6 meses a menores de 6 anos; crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; idosos com 60 anos ou mais; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; entre outros grupos definidos pelo Ministério da Saúde.

Fonte: Fiocruz e Sesa.

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