Alopécia androgenética: entenda as causas da doença que afetou Xuxa
Especialistas apontam tratamentos para a condição que causa a queda progressiva dos fios de cabelo: a alopecia androgenética
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A apresentadora Xuxa revelou recentemente seu desejo de raspar os cabelos devido à alopecia androgenética, condição que causa queda progressiva dos fios. Em sua participação no programa “Casa de Verão”, de Eliana, no canal GNT, ela disse que tem pouco cabelo e “entradinhas” e que, mesmo com tratamentos, a queda contínua.
A alopecia androgenética é a principal causa de perda de cabelo no mundo. O problema é genético e tem forte influência dos hormônios masculinos no folículo capilar, tornando os fios cada vez mais finos a cada ciclo de crescimento.
A médica Renata Melo conta que há tratamentos avançados que ajudam a frear a queda e restaurar a saúde dos fios. “Quem tem essa condição precisa cuidar pelo resto da vida”.
Renata afirma que o problema acontece porque a pessoa herda receptores no couro cabeludo que têm alta afinidade com o hormônio masculino. “Esse hormônio inflama os folículos capilares, afinando os fios até que eles parem de nascer”.
Nas mulheres, o afinamento dos fios é mais difuso. “Com o tempo, é possível enxergar o couro cabeludo através do cabelo. Cada folículo pode começar com três fios, depois dois, depois um, até que esse único fio fique tão fino que pare de crescer”, explica.
A alopecia tem sido uma queixa recorrente na clínica da dermatologista Karina Mazzini. O primeiro passo é avaliar o quadro corretamente, identificando se há alguma deficiência nutricional ou doença associada, para só então entrar com tratamentos especializados.
“Atualmente, temos o Lavieen laser de Thulium e o MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele), que aplica um coquetel de medicamentos diretamente no folículo piloso sem seringa, e o Exossomos Capilares, que aplica pequenas vesículas regenerativas no couro cabeludo sem a necessidade de furar”.
A dermatologista Oliete Guerra ressalta que não existe milagre, e que o resultado positivo só será alcançado com uma junção de cuidados. “Além dos procedimentos, existem os medicamentos orais, e os cuidados que devem ser tomados em casa, como a boa higiene do couro cabeludo e o tratamento dos fios”.
5% das mulheres sofrem de calvície
A revelação de Xuxa de que sofre de alopecia androgenética e considera raspar a cabeça para evitar tratamentos constantes trouxe visibilidade a um problema que afeta milhões de mulheres no mundo.
“Eu tomo remédio para não cair (os fios), mas não vai ter jeito, a não ser que eu fizesse um implante. As pessoas não estão acostumadas a ver uma mulher careca. Acho que elas ficariam assustadas”, disse Xuxa, ao canal GNT.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que 5% das mulheres sofrem de calvície.
Opiniões
Saiba mais
Alopécia androgenética
Trata-se de um afinamento capilar geneticamente determinado, que pode acometer pessoas de qualquer idade.
Queda capilar
O problema acontece porque a pessoa herda receptores no couro cabeludo que têm alta afinidade com o hormônio masculino.
Esse hormônio inflama os folículos capilares, afinando os fios até que eles parem de nascer.
Afeta homens e mulheres. A diferença é que, na mulher, o afinamento dos fios é mais difuso. Com o tempo, é possível enxergar o couro cabeludo através do cabelo.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) estima que existem 42 milhões de brasileiros enfrentando algum tipo de queda de cabelo.
Alopécia e eflúvio
A alopécia androgenética não é contagiosa e não causa queda visível, como fios soltos no travesseiro ou ralo do chuveiro. Isso ocorre em casos de eflúvio telógeno, que pode ser provocado por gravidez ou deficiência nutricional, mas que, após os quadros, os fios voltam a crescer.
No caso da alopécia androgenética, o cabelo vai afinando progressivamente. Folículos que possuem três fios podem passar a ter dois, depois um, até que esse único fio fique tão fino que pare de crescer.
Primeiros passos
O primeiro passo é avaliar o quadro corretamente, identificando se há alguma deficiência nutricional ou doença associada.
Diagnóstico
Envolve uma análise completa da história do paciente. É importante verificar o histórico familiar, pois geralmente há outros casos na família.
Além disso, observar o tipo da queda, que costuma ocorrer na parte superior da cabeça, e a faixa etária.
É uma condição que pode atingir qualquer idade depois da adolescência, dizem as especialistas consultadas nesta reportagem.
Tratamento
Deve ser um conjunto de fatores que inclui medicação oral ou tópica para impedir a ação do hormônio masculino nos folículos.
Tratamentos em consultório, como laser e microinfusão de medicamentos, fortalecem os fios e estimulam o crescimento.
Reposição de vitaminas, se houver deficiência, também é necessário.
São utilizados luz de LED, laser e eletroporação, terapias regenerativas, como exossomos e PDRN (extraído do esperma do salmão), que melhoram o resultado do tratamento e a MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele), uma técnica que aplica substâncias diretamente no couro cabeludo.
Fonte: Especialistas citadas na reportagem.
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