Ministério da Economia vai ser dividido em três

O governo eleito vai recriar, a partir do ano que vem, as áreas que haviam sido integradas no início do governo de Jair Bolsonaro

Redação jornal A Tribuna | 08/12/2022, 16:08 16:08 h | Atualizado em 08/12/2022, 16:09

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00129685_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00129685_00.jpg%3Fxid%3D444097&xid=444097 600w, Aloizio Mercadante defendeu a mudança e disse que desmembramento dará maior eficiência às áreas.
 

O coordenador dos grupos técnicos da transição, Aloizio Mercadante, anunciou ontem que o Ministério da Economia será dividido em três áreas no futuro governo. 

Os ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); da Fazenda; e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) serão recriados a partir de 1º de janeiro.

Segundo Mercadante, uma das ideias debatidas foi a transferência da área de planejamento para o MDIC, o que possibilitaria ao MPOG que cuide mais da gestão de pessoal, por exemplo.

“Essas estruturas vão voltar a existir. O Brasil era muito mais eficiente e tinha políticas muito mais competentes com essa distribuição do que pegar e jogar tudo na economia” argumentou Mercadante.

“Toda demanda intragoverno está no ministério do planejamento e orçamento, é fundamental inclusive para aliviar o Ministério da Fazenda para cuidar da política fazendária, macroeconômica. Segundo, a indústria e o comércio exterior geram emprego, investimento”, acrescentou.

Os integrantes da  transição na área afirmaram que o Brasil passou por um processo de desindustrialização e que a recriação dessas estruturas é importante para focar no desenvolvimento da área. De acordo com a transição, a mudança não vai gerar custos, uma vez que as estruturas atuais serão remanejadas.

“O presidente Lula deixou claro que Apex e BNDES estarão no novo MDIC. Os que tentaram argumentar de forma contrária não passaram da preliminar com ele. É preciso ter foco e ousadia e tratar da promoção dos produtos brasileiros [no exterior]. O BNDES tem que ser esse instrumento de impulsionar a industrialização e resgatar  estruturas já existentes”, afirmou Mercadante.  

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) é o nome favorito para ocupar a Fazenda e já tem sido testado para o cargo há quase três semanas. Para comandar o BNDES, Gabriel Galípolo é lembrado como uma possibilidade. 

Enquanto o PT terá um nome seu no comando da principal pasta da Economia, cresce a tendência de um economista tradicional como Pérsio Arida e André Lara Resende assumirem o Ministério do Planejamento.


Como vai ficar


Mudança em janeiro

O governo Lula prevê recriar, a partir do dia 1º de janeiro de 2023, os seguintes ministérios: 

> Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) 

> Da Fazenda 

> Da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)

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