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Política

Marçal descarta ser vice de Gusttavo Lima: 'Sou cabeça de chapa'

Cantor sertanejo e o empresário se conhecem de longa data, de Goiânia


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Imagem ilustrativa da imagem Marçal descarta ser vice de Gusttavo Lima: 'Sou cabeça de chapa'
Pablo Marçal e Gusttavo Lima se conhecem de longa data |  Foto: Reprodução/Instagram

Sob risco de se tornar inelegível, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) descartou as chances de ser vice em uma eventual parceria com Gusttavo Lima na disputa presidencial de 2026. "Eu sou cabeça de chapa e estou pronto para servir o povo e mudar a realidade do Brasil", afirmou.

Marçal foi questionado pela reportagem depois que o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, levantou a possibilidade. De acordo com Avalanche, a união dos nomes combinaria a popularidade do cantor com a experiência de Marçal no empreendedorismo e na política.

"O partido tem interesse em atrair figuras públicas de destaque para fortalecer sua presença política. Temos interesse em filiar Gusttavo Lima. Há a possibilidade de uma chapa composta por ele e Pablo Marçal. A formação dessa chapa poderia ocorrer com Gusttavo Lima como candidato a presidente e Marçal como vice, ou vice-versa", disse Avalanche.

Além disso, o presidente do PRTB considera uma vantagem o fato de o cantor sertanejo se apresentar como uma opção alternativa entre os candidatos de esquerda e direita.

Para Avalanche, o fato de Gusttavo Lima ter falado publicamente sobre estar "cansado dessa história de direita e esquerda" sugere uma abordagem mais conciliadora.

Uma pessoa próxima a Marçal reforça o posicionamento do autodenominado ex-coach e diz que seria mais fácil ele desistir da política do que aceitar ser vice de alguém.

O cantor sertanejo e o empresário se conhecem de longa data, de Goiânia. Marçal é natural da capital de Goiás, mas mudou seu domicílio eleitoral para o estado de São Paulo em 2022 para disputar o cargo de deputado federal. Já Gusttavo Lima mora com a família em Goiânia desde 2009.

Além do PRTB, outros partidos, como União Brasil, PL, PP, PRD e Avante demonstraram interesse em filiar o cantor.

Dirigentes do próprio União Brasil, do PL e do PP afirmaram que não podem prometer a candidatura presidencial ao sertanejo e que o preferem na eleição ao Senado por Goiás. Ciro Nogueira, presidente do PP, vê o cantor como um "excelente quadro para o Senado".

Com cachê de R$ 1 milhão por show, Gusttavo detém uma fortuna que é resultado não só das apresentações musicais, mas também de contratos publicitários e empreendimentos. Assim como Marçal, o sertanejo adota o discurso de empresário bem-sucedido.

Nas redes sociais, fãs do cantor defendem que, por ter boa condição financeira, ele seria mais honesto do que outros candidatos, já que "não precisaria roubar".

Para além das questões financeiras, o historiador e colunista da Folha de S.Paulo Gustavo Alonso avalia que a aproximação de cantores sertanejos com a política, sobretudo com a direita, é uma estratégia de "capital cultural".

"Os sertanejos são donos do capital econômico na música brasileira. São os artistas que mais lucram, que mais movimentam a economia da música no Brasil há algumas décadas. Mas isso não garantiu a eles o capital cultural e simbólico nas artes brasileiras. Eles continuam, em grande parte, sendo vistos como uma ‘arte menor’ por setores da inteligência nacional, muitos dos quais se auto intitulam progressistas", afirma.

Alonso ainda cita como exemplo a falta de aceno da esquerda para essa classe.

"A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ainda não visitou a Festa de Barretos [SP], uma das maiores festas culturais do Brasil. Quase sempre as elites culturais brasileiras desprezam as artes massivas de forma simplista, sem sequer entender suas complexidades. Diante da polarização política brasileira, isso só tende a aumentar", afirma.

Juliana Mastrascusa, estrategista de comunicação política, afirma que a influência nas redes sociais também é um fator que vem impulsionando mais pessoas a entrarem na política. "Há uma tendência de a quantidade de likes influenciar nessa disputa."

"Partidos vinculados à direita e à extrema direita têm uma visão mais pragmática e menos programática da disputa eleitoral, abrindo mais espaço para figuras como artistas e influenciadores que não vêm da política se candidatarem. Mas também existe a observação de que, no Brasil, apesar de as redes sociais impactarem o debate público, não temos tantos casos de influenciadores ou artistas de fora da política se elegendo", diz Juliana.

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