Mais um dia de confusão entre vereadores na Câmara de Vitória
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Após uma discussão na segunda-feira acabar na delegacia, entre um cidadão na galeria da Câmara de Vitória e os vereadores Gilvan da Federal (Patriota) e Armandinho Fontoura (Podemos), ontem os ânimos se exaltaram de novo na Casa.
Houve troca de acusações e dedo em riste entre Gilvan e Denninho Silva (Cidadania).
Denninho subiu à tribuna do Legislativo para rebater a acusação do colega de que ele seria o responsável por inflamar o visitante, conhecido como Thor, a desacatar e ameaçar os colegas, no dia anterior.
Após Denninho se pronunciar, a transmissão ao vivo da Câmara no YouTube mostrou o vereador e Gilvan discutindo no corredor que dá acesso aos assentos dos parlamentares, com o segundo gesticulando com os dedos para o outro.
“Vossa Excelência se equivocou com uma fala sobre mim que é mentirosa. O Thor é um amigo há mais de cinco anos. Ele veio no meu gabinete de 2017 a 2020 pelo menos umas 50 vezes. Ele veio a essa Casa pelo menos umas 800 vezes quando fui vereador aqui na 1ª legislatura. Nunca tive problema com ele”, disse Denninho, antes de ficarem frente a frente.
Após o encontro dos dois fora do púlpito, foi a vez de Gilvan subir para se manifestar. “Não diminua o que aconteceu ontem (segunda). Foi uma afronta à democracia, não ao Gilvan e ao Armandinho. Não foi uma exaltação, foi uma ameaça a dois parlamentares. Não tenho amizade com quem vem aqui xingar e ameaçar vereador. Se tivesse, desfaria no mesmo dia”, disse.
Gilvan então passou a criticar o presidente da Casa, Davi Esmael (PSD), que, segundo ele, teria se omitido com o ocorrido.
“Se fosse presidente da Casa e um vereador fosse ameaçado, encerraria a sessão e o acompanharia até a delegacia. A sessão continuou como se nada tivesse acontecido, com o presidente Davi com cara de paisagem”.
Davi respondeu: “Não temos como medir na entrada a intenção de quem quer que seja. Aqui se revelou a intenção. A saída foi solicitada pela presidência. O exercício da cara de paisagem é para assegurar a democracia”.
O prefeito Lorenzo Pazolini foi indagado sobre as confusões na Câmara. Ele pregou a independência dos Poderes e rejeitou a ideia de intervir no Legislativo.
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