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Política

Lula demite Nísia, confirma Padilha na Saúde e dá início a reforma ministerial

Presidente já havia avisado a aliados que faria substituições


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Imagem ilustrativa da imagem Lula demite Nísia, confirma Padilha na Saúde e dá início a reforma ministerial
Lula demite Nísia, confirma Padilha na Saúde e dá início a reforma ministerial |  Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) demitiu nesta terça-feira (25) a ministra da Saúde, Nísia Trindade, após uma breve conversa entre os dois no Palácio do Planalto. Ela será substituída por Alexandre Padilha (PT), que deixa a Secretaria de Relações Institucionais e abre caminho para o início da reforma ministerial.

A mudança foi confirmada pelo Palácio do Planalto no inicio da noite do mesmo dia, em uma curta nota, em que afirma que Padilha vai tomar posse após o Carnaval.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta terça-feira, 25 de fevereiro, com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Na ocasião, comunicou a ela a substituição na titularidade da pasta, que passará a ser ocupada pelo atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a partir da posse marcada para a quinta-feira, dia 6 de março", afirma o texto.

A nota ainda informa que Lula agradeceu a Nísia pelo "trabalho e dedicação" à frente do ministério.

Padilha já chefiou a pasta no governo Dilma Rousseff (PT). A saída de Nísia também reduz, ao menos por enquanto, a quantidade de mulheres na Esplanada do petista: agora, elas chefiam 9 de 38 ministérios.

Como a Folha de S.Paulo antecipou na semana passada, Lula já havia avisado a aliados que substituiria a ministra. A gestão de Nísia vinha sendo alvo de queixas de integrantes do Congresso, de membros do Palácio do Planalto e do próprio presidente, que chegou a fazer cobranças pela falta de uma marca forte na área.

À frente da pasta, ela enfrentou uma sequência de crises, como por exemplo, a explosão de casos de dengue e a falta de alguns modelos de medicamentos e vacinas em todos o país.

O anúncio nesta terça foi cercado por constrangimento. Nísia foi duas vezes ao Palácio do Planalto. Mais cedo, ela participou de cerimônia ao lado de Lula com autoridades para anunciar acordo para a produção de vacinas. Funcionários do ministério encheram o salão do Palácio do Planalto e aplaudiram a ministra quando sua presença foi anunciada.

Padilha, seu sucessor, não participou da agenda, em meio a rumores de que Nísia suspeitava de um movimento dele por sua saída. Durante dois anos de governo, ele foi um dos defensores da ministra. Em nota divulgada nas redes, o ministro afirmou que aceitou o convite para chefiar a Saúde "com muita honra" e elogiou Nísia.

"Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa, com atenção especial para a redução do tempo de espera de quem busca cuidado na rede de saúde. Esse é o comando que recebi do presidente Lula e ao qual vou me dedicar integralmente", escreveu Padilha.

Após a cerimônia em que o presidente não discursou, Lula foi almoçar. Nísia voltou ao Planalto pouco depois das 15h, para a conversa que estava agendada desde a semana passada. De acordo com relatos, o encontro foi breve.

Segundo colaboradores, o presidente estava contrariado com a exposição enfrentada por Nísia. Foi definido um prazo para que ela informasse sua equipe. A nota da Presidência, anunciando a demissão, foi divulgada quase quatro horas depois.

Auxiliares de Lula dizem que há uma tentativa de acomodar Nísia em outro posto, como por exemplo na OMS (Organização Mundial da Saúde).

Ex-presidente da Fiocruz, a agora ex-ministra entrou no cargo no começo do governo, com perfil técnico.

A mudança de Nísia ocorre num momento de baixa popularidade do governo federal. Há uma avaliação no Palácio do Planalto de que, nesse contexto, a pasta da Saúde tem potencial para apresentar e implementar políticas públicas de maior visibilidade, entre eles o Mais Acesso a Especialistas.

O programa promete reduzir filas e ampliar o acesso da população a exames e consultas especializadas nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Auxiliares de Lula apostam que, sob nova direção, essa iniciativa pode ser uma vitrine e virar uma marca da gestão petista.

Está prevista para esta quarta-feira (26) a definição do futuro titular da pasta das Relações Institucionais. Hoje a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT), seria a mais cotada para a vaga, apesar de a entrada dela no governo ser apontada como ruidosa.

Além dela, são lembrados os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e do Senado, Jaques Wagner (PT-BA). De acordo com relatos, Wagner afirmou a membros do Planalto duas vezes nesta semana que acredita que um deputado deve ocupar esse cargo, já que o Executivo enfrenta mais obstáculos na Câmara.

Não está totalmente descartado, no entanto, nomear um representante do centro para o posto, apesar de remota essa possibilidade.

Os rumores sobre reforma ministerial se arrastam há meses. Até o momento, Lula só tinha oficializado a entrada de Sidônio Palmeira na Secom da Presidência. Integrantes do entorno do presidente dizem que as mudanças começarão por petistas e com os ministros da chamada cota pessoal de Lula. Duas pessoas próximas a Lula afirmam, no entanto, não duvidar que essa reforma seja mais pontual.

O governo busca garantir também sustentação política no Legislativo — já mirando uma possível campanha à reeleição em 2026. O próprio Lula sinalizou que é preciso saber quais partidos que têm assento na Esplanada seguirão apoiando o projeto no futuro, afirmando que "2026 já começou".

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