Polícia prende suspeitos de aplicar golpes em vendas de lotes no ES

Há relatos de moradores que tiveram que abandonar suas casas após ameaças

Redação Tribuna Online | 26/05/2023, 18:36 18:36 h | Atualizado em 26/05/2023, 18:37

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/140000/372x236/inline_00141049_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F140000%2Finline_00141049_00.jpg%3Fxid%3D552369&xid=552369 600w, Homens foram presos em ação da operação Callidus
 

Dois homens, de 26 e 70 anos, foram presos temporariamente pela Polícia Civil no último dia 16. Eles são suspeitos do crime de estelionato e contra eles há diversas denúncias de golpes relacionados a venda de terrenos. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (26) e as investigações continuam.

Segundo a polícia, os homens são pai e filho e vêm sendo investigados há muito tempo pela polícia. Eles foram presos em um condomínio de luxo da Grande Vitória. A ação fez parte da  primeira fase da operação Callidus, que investiga um suposto esquema de vendas de terrenos de forma fraudulenta e também uma possível organização criminosa. 

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O delegado Douglas Vieira, titular da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) contou que há relatos de diversas denúncias desde o ano de 2014 até 2023. Dentre elas, alguns moradores relataram ser vítimas de ameaças para deixarem suas casas.

“Esses dois indivíduos, principalmente o filho, chegou em um loteamento dizendo que o seu pai era dono de todo aquele loteamento, expulsando os moradores, os ameaçando", relatou o delegado. Ele disse ainda que o suspeito ameaçou colocar fogo na casa de uma vítima com a família dentro, caso eles não deixassem o local.

“Eles se dizem donos com base em uma procuração que a nosso ver é falsa, pois a procuração é datada de 2010 e o outorgante faleceu em 2007, e eles não foram muito convincentes na explicação desse fato”, ressaltou Douglas Vieira.

A polícia vai apurar se houve também o crime de lavagem de dinheiro e a existência de uma possível organização criminosa onde até mesmo pode ter havido a participação de funcionários públicos.  

"Em outras denúncias, vítimas relataram que o suspeito se apropriou de uma imobiliária de um senhor já falecido, tudo com base em documentos falsos. Eles chegam no terreno e colocam placas da imobiliária deles se dizendo donos. Tudo nós estamos apurando, então as investigações vão prosseguir", completou o delegado.

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