Polícia prende suspeito de ameaçar matar vereador e exigir renúncia

| 25/02/2021, 13:20 13:20 h | Atualizado em 25/02/2021, 13:57

Um lavrador, de 42 anos, foi preso após se apresentar na Delegacia de Polícia Civil em Brejetuba. Ele, que já tinha um mandado de prisão expedido por outro crime, é suspeito de fazer ameaças de morte contra o vereador de Brejetuba Antônio da Saúde (do partido Cidadania).

O parlamentar, que foi o mais votado nas últimas eleições, foi ameaçado, sofreu um sequestro relâmpago e foi intimidado a renunciar o seu mandato.

A polícia investigou o caso, que tomou proporção em todo o Estado depois que o deputado Hudson Leal (Republicanos) denunciou o crime na tribuna da Assembleia Legislativa.

O suspeito, segundo o delegado de Brejetuba Cláudio Araujo, se apresentou espontaneamente na delegacia depois que ele recebeu uma informação de que seu nome era apontado como participante do crime contra Antônio da Saúde. Na delegacia, no entanto, foi comunicado que já tinha um outro mandado de prisão contra ele. Sobre o crime contra o vereador, o delegado decretou prisão temporária.

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"O suspeito, que está preso, passou perto da casa da vítima e lhe ofereceu carona, para que o vereador o ajudasse em uma situação junto ao Pronto Atendimento da cidade. Ele (vítima) entrou no carro e o suspeito disse que mais à frente daria carona a um amigo. Este terceiro homem entrou no carro, apontou uma arma para a cabeça da vítima e disse que ele estava traindo umas pessoas", explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a vítima foi avisada de que só sairia do carro com vida se assinasse um documento de renúncia. "Eles deram voltas no carro por mais de quatro horas e só liberaram o vereador em Viana", afirmou. Brejetuba fica a 155 km de distância de Viana.

O crime foi cometido na Quarta-feira de Cinzas (17). O carro que foi utilizado no crime foi recuperado pela Polícia Militar, que também atua na investigação do caso.

“A quem interessa a vaga do vereador Antônio? É uma coisa muito clara, pois todo mundo sabe a quem interessa. Eu não posso julgar que foi João, que foi Pedro ou Manoel, mas tenho certeza que o Ministério Público, a delegacia local vão apurar”, afirmou Hudson Leal.

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