Motorista que morreu em assalto teria tentado impedir que levassem documentos da filha

Sílvio Narcizo de Rezende tinha uma filha de 4 anos |  Foto: Divulgação/Acervo Familiar

O motorista de aplicativo, de 49 anos, que foi morto com um tiro no peito, em um assalto no bairro Vila Capixaba, em Cariacica, na manhã deste domingo (5), teria reagido para tentar impedir que os bandidos levassem os documentos de sua filha. Segundo os familiares de Sílvio Narcizo de Rezende, a menina tem autismo e os documentos estavam dentro do veículo levado pelos bandidos, um Palio vermelho. 

“A menina tem 4 anos e é portadora de autismo. O pai tentava um benefício social e por isso dependia dos documentos dela. Ele deve ter pensado que se deixasse o carro ir com os ladrões, os documentos também iam juntos”, disse o irmão da vítima, o eletricista Sergio Narcizo de Rezende, 55 anos.

O crime aconteceu por volta de 10h deste domingo (5), na rua Santa Leopoldina, em Vila Capixaba. Testemunhas contaram que ele parou o carro no local com dois passageiros. Ao finalizar a corrida, os dois homens anunciaram o assalto, deram uma coronhada na cabeça dele e o colocaram para fora.

Quando estava fora do carro, os bandidos trancaram as portas e a vítima passou a tentar abrir, mas não conseguiu. Em seguida, ele abriu o porta-malas, nesse momento, um dos bandidos desceu e atirou contra o peito do homem.

Após ser baleado, Silvio chegou a caminhar alguns metros e os moradores chamaram ele, mas a vítima caiu no chão. Ele tentou levantar e se sentou, porém, alguns minutos depois caiu novamente. Os moradores chamaram o Samu, mas o motorista já havia falecido. Os moradores acionaram a Polícia Militar.

Enquanto isso acontecia, os bandidos fugiram com o carro dele. Até o fechamento desta edição, ninguém foi encontrado ou detido.

Durante a tarde deste domingo, familiares de Sílvio estiveram no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória. No local eles disseram que o motorista era uma pessoa muito querida no bairro onde morava, em Caratoíra e que ele estava trabalhando em corridas por aplicativo há mais de cinco anos.

“Nos últimos meses ele queria juntar dinheiro para conseguir bancar o tratamento da filha que tem autismo”, contou Sérgio, irmão do motorista de aplicativo.

O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa ( DHPP), de Cariacica.