Mãe de Thayná foi quem encontrou vídeo que mostra o sequestro da filha
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Desesperada por respostas sobre o desaparecimento de sua filha Thayná Andressa de Jesus, de 12 anos, em outubro de 2017, a costureira Clemilda Aparecida de Jesus iniciou uma investigação paralela para descobrir o paradeiro da menina.
No dia 31 do mesmo mês, o Jornal A Tribuna publicou uma matéria sobre a descoberta de Clemilda.
A menina desapareceu na manhã do dia 17 de outubro de 2017, quando ia ao mercado, no bairro Universal, em Viana, e, no meio do caminho, entrou em um carro conduzido por Ademir Lúcio Pereira de Araújo, acusado de sequestrar, estuprar e matar Thayná.
Após saber que a filha havia desaparecido, Clemilda procurou comércios e moradores da região para conseguir imagens de câmeras de videomonitoramento. A Polícia até chegou a afirmar que Thayná teria fugido de casa, mas Clemilda afirma que nunca acreditou nessa versão.
Com o vídeo encontrado (assista abaixo), foi possível identificar a placa do veículo Volkswagen Gol em que a menina entrou. A mãe entregou as imagens à polícia, mas havia visto apenas parte das gravações.
“A imagem mostra ela parada no carro, só. Depois que consegui ver ela parada do lado do carro. Depois disso que consegui as outras imagens”, contou.
“É muito triste você saber que você está sozinho, eu estou me sentindo sem o apoio deles, porque eles é que tem o poder. Eles me deram um papel no princípio falando que com esse papel eu conseguiria todas as imagens. Quem me deu imagem, me deu porque quis, não foi pelo papel, porque eles falaram para mim que o papel não vale nada. Que se a polícia queria as imagens, eles que tinham que ter ido buscar. (sic) Me deu porque se compadeceu comigo, são pais e mães do meu bairro”, disse. “Eu falei o tempo todo, minha filha não fugiu”.
Questionada se a filha entrou com facilidade no carro, ou se ela conhecia o homem, a mãe afirma que a menina demorou para entrar no veículo e que alguma coisa ocorreu para fazê-la entrar.
“A minha filha não entra com muita facilidade no carro, eu tenho o vídeo aqui. Ele fica conversando com ela por aproximadamente uns dois minutos, ela tenta ir embora, alguma coisa faz ela voltar. Se ela tivesse entrado com calma no carro, ela não teria entrado no carro até com a sombrinha aberta. Ela chega a entrar, ela se assusta, dá para ver”, relata.
O outro lado
Na época, a Polícia Civil informou, por meio de nota, que o caso já estava sob investigação da Delegacia de Pessoas Desaparecidas e que divulgaram os vídeos e a foto do suspeito no dia 31 de outubro, em uma coletiva de imprensa.
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