Homem tenta dar golpe pelo WhatsApp com nome de vice-governadora

| 03/04/2020, 12:12 12:12 h | Atualizado em 03/04/2020, 14:06

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-04/372x236/homem-tenta-aplicar-golpe-no-whatsapp-0f007f20512ba9cafcf8514125c81b24/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-04%2Fhomem-tenta-aplicar-golpe-no-whatsapp-0f007f20512ba9cafcf8514125c81b24.jpg%3Fxid%3D116007&xid=116007 600w, O golpista conversava pelo WhatsApp com o superintendente regional de Educação
Um vigilante de 38 anos se passou pela vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes, para tentar conseguir um cargo comissionado para uma mulher, em São Mateus, no Norte do Estado. 

O golpista conversava pelo WhatsApp com o superintendente regional de Educação da região, se apresentando como Jacqueline. Inicialmente, começou a falar sobre assuntos políticos, citando o nome de autoridades. Em seguida, pediu um cargo na pasta para uma mulher.

O superintendente desconfiou. Primeiro, por causa do linguajar utilizado por quem seria a vice-governadora, com erros de português e risadas. Depois, porque o vigilante mandava as mensagens e logo em seguida apagava, para não deixar muitas provas. Na foto do perfil, ele chegou a colocar uma imagem oficial do governo.

Em setembro do ano passado, a polícia foi procurada pela própria Jacqueline para investigar o caso. “Descobrimos que ele era um vigilante que já havia trabalhado na superintendência, ou seja, conhecia o superintendente com quem começou a conversar se passando pela vice-governadora”, explicou Brenno Andrade, da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).

Depois das investigações, os policiais foram até a casa do vigilante, em São Mateus, para colher provas. Na ocasião, ele ainda tentou intimidar os agentes, dizendo que tinha o contato e conversava até com o governador do Estado. Os celulares foram apreendidos e ficou provado que o suspeito estava cometendo o crime.

“Ele nega as acusações, mas o depoimento dele é contraditório. O que nos causou surpresa foi a audácia dele, de se passar pela autoridade. Deixamos aqui o alerta: cuidado com o que vocês fazem nas redes sociais, pois é possível identificar e responsabilizar”, disse o delegado.

Por ter negado as acusações, não foi possível extrair do vigilante a motivação para o crime e nem quem seria a mulher para quem ele estava pedindo o cargo. Agora, ele será indiciado por estelionato, e deve responder em liberdade.

Procurado pela reportagem do Tribuna Online, o advogado Cláudio Saade, que representa a vice-governadora, agradeceu o trabalho da polícia na conclusão do caso e que Jacqueline Moraes agora aguarda uma manifestação do Ministério Público. “A denúncia foi feita para preservar o nome da vice-governadora, até mesmo diante do cargo que ela ocupa, para não lhe causar um desgaste moral. Ela é uma mulher batalhadora, que nunca teve seu nome envolvido em nada. É preciso denunciar para que pessoas não sejam atingidas em um golpe como este”, afirmou.

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