Ex-vereador do Rio acusado de roubar 14 milhões de litros de combustível é preso no Estado
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A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (5), na Praia da Costa, em Vila Velha, o líder da maior quadrilha de furto de combustíveis com atuação no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Denilson Silva Pessanha, o 'Maninho do Posto', que é ex-vereador de Duque de Caxias (RJ), é suspeito de chefiar uma organização criminosa responsável pelo furto de 14 milhões de litros de combustível entre junho de 2015 e março de 2017, causando um prejuízo estimado em R$ 33,4 milhões para a Petrobras.
Segundo a polícia, o suspeito, que também é conhecido como 'Barão do Petróleo', possui seis postos de gasolina aqui no Estado, todos em nome de terceiros.
Denilson se passava por empresário bem-sucedido, mas levava uma vida discreta para não levantar suspeitas.
"Ele nem tinha carro. Usava veículos de aplicativos para não chamar atenção. Morava em um apartamento simples, mas tinha uma vida de luxo", disse o delegado Felipe curi, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DGPE).
Mesmo vivendo em Vila Velha, Maninho, que é ex-vereador de Duque de Caxias (RJ), continuava atuando no furto de combustíveis na Baixada Fluminense. Os alvos da quadrilha eram os oleodutos da Petrobras e os locais que seriam escavados para perfuração. Durante a extração do combustível, feita sempre entre a noite e a madrugada, o grupo contava com a proteção de uma escolta armada para afastar curiosos.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, para romper os dutos, a quadrilha usava mão de obra especializada para fazer a perfuração, instalar válvulas nas tubulações que levavam o combustível (gasolina, etanol, nafta e até óleo cru (petróleo) para os caminhões-tanque. Em alguns casos, o bando chegava a transportar 40 mil litros de combustíveis furtados em uma só viagem.
Em nota, a PC-ES informou que a equipe do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc) deu apenas apoio operacional durante o cumprimento do mandado de prisão.
Maninho do Posto não resistiu à prisão e foi encaminhado para o estado do Rio de Janeiro.
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