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Polícia

Empresário do ES falsificava documentos do Exército para vender armas

Armamento era vendido no estabelecimento do suspeito, que foi preso no último dia 18. Ao todo, 48 armas foram apreendidas


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Imagem ilustrativa da imagem Empresário do ES falsificava documentos do Exército para vender armas
Polícia apreendeu 48 armas no estabelecimento do empresário, em Cachoeiro de Itapemirim |  Foto: - Divulgação / PCES

Um empresário de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, foi preso suspeito de comercializar armas de forma ilegal. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o suspeito, de 39 anos e que não teve o nome divulgado, falsificava documentos do Exército brasileiro para vender diversas armas e realizar outras atividades.

A prisão aconteceu no último dia 18, no bairro Village da Luz, em Cachoeiro. Na ocasião, foram apreendidas 48 armas. A ação foi realizada por policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), com apoio da Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim e do Exército brasileiro.

As armas eram vendidas no estabelecimento dele, que funcionava de forma legal, com autorização tanto do Exército quanto da Polícia Federal. Além disso, todas as armas que ele comercializava com autorização da Polícia Federal estavam em conformidade com a lei.

De acordo com o titular da Desarme, delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, no início o empresário chegou a obter documentos legais por parte do Exército para comercializar armas. No entanto, com o intuito de aumentar os lucros, ele teria começado a falsificar documentos da corporação. "Nos últimos meses, praticamente tudo o que ele fez, alegadamente de forma autorizada pelo Exército, é falso", disse o delegado.

Entre os documentos falsificados, que o empresário alegava ser do Exército, estava o que o autorizava a importar armas, o que mantinha no estabelecimento dele um estande de tiro e o que o autorizava a habilitar caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas — os chamados CAC.

Empresário oferecia documento inexistente

As investigações tiveram início em outubro, quando a Polícia Civil recebeu denúncias de que esse empresário estaria vendendo um documento que não existe, o porte nacional de armas, que ele alegava ter sido emitido pelo Exército.

"O Exército brasileiro não tem autoridade para permitir que um civil porte arma de fogo. Quem autoriza um civil a portar uma arma de fogo é a Polícia Federal, em situações muito excepcionais. O Exército só autoriza oficiais do Exército a portarem armas", explicou Guilherme Eugênio.

"A partir do momento no qual pessoas passaram a adquirir esse documento com ele e a mostrar esse documento para amigos, a farsa começou a cair. As pessoas compravam esse documento achando que eram documentos legais, orgulhosamente exibiam esse documento para colegas, e esses colegas apresentaram as denúncias junto à Desarme", completou.

Imagem ilustrativa da imagem Empresário do ES falsificava documentos do Exército para vender armas
Guilherme Eugênio deu detalhes da atuação do empresário preso em Cachoeiro de Itapemirim |  Foto: Reprodução / PCES

Ainda de acordo com as investigações, o suspeito prometia um ciclo completo de habilitação para quem desejava ter uma arma.

"Ele prometia habilitar as pessoas para se tornarem colecionadores, atiradores esportivos e caçadores. Prometia a venda e a manutenção das armas, treinamento. Ele intermediava a contratação de psicólogos, a realização do treinamento necessário para que o interessado se mostre capaz de portar uma arma. E ministrava dentro do estabelecimento dele as aulas teóricas e práticas, intermediava a aplicação das provas. Prometia resolver todos os problemas daquele que quisesse adquirir uma arma de fogo", destacou Guilherme Eugênio.

Agilidade para o porte de armas

O delegado disse ainda que o empresário prometia ao cliente dar agilidade à autorização para o porte de arma de fogo. Para isso, ele alegava conseguir uma autorização com uma unidade militar situada no Rio de Janeiro.

No entanto, o titular da Desarme explicou que, para que um estabelecimento situado no Espírito Santo tenha autorização do Exército para vender armas, essa autorização precisa ser expedida pelo 38º Batalhão de Infantaria.

"Ele agiu como se ele fosse o único iluminado que tivesse um caminho mais curto para a venda de armas em situações nas quais nenhum outro comerciante honesto pode fornecer. Ele dizia que tinha um caminho, um contato no Rio de Janeiro, que o autorizava a encurtar esse caminho e a atuar diretamente junto ao Rio de Janeiro. Ele se dizia fiscalizado pelo Rio de Janeiro".

O suspeito, segundo o delegado, é formado em Engenharia Mecânica no Rio de Janeiro, mas se habilitou legalmente como armeiro. No entanto, durante a fiscalização do Exército no estabelecimento dele, o empresário se identificou como tenente da corporação. No entanto, quando o tenente responsável pela fiscalização solicitou que ele apresentasse seu documento funcional, o suspeito teria mudado o discurso e dito que ainda estava em processo de recrutamento.

"Em seguida, apresentou um documento falso, preservado em uma moldura, na qual um suposto oficial superior do Exército dizia ser favorável à inclusão dele nos quadros, dizia emitir um parecer favorável. Mas esse documento é falso", frisou o delegado.

Ainda de acordo com as investigações, 15 armas foram vendidas ilegalmente por esse empresário, desde o ano passado, para clientes do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

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